Publicado em 4 de junho de 2021 às 19:58
O dólar encerrou esta sexta-feira, 4, cotado no mercado à vista a R$ 5,0356, em baixa de 0,95%, no menor nível em um ano, quando encerrou o dia 10 de junho de 2020 a R$ 4,9355. Diante de um cenário internacional ameno onde a divisa americana perdeu força, investidores miraram emergentes para aportar recursos de olho na continuidade de alta dos juros e melhor perspectiva para a retomada da economia local, fazendo o real se fortalecer por mais um dia consecutivo. >
Na etapa vespertina dos negócios o spot desceu à mínima do dia a R$ 5,0326, menor nível desde 14 de dezembro de 2020 (R$ 5,0109). No encerramento da semana, houve recuo de 3,39%. Ainda assim, pela leitura de especialistas, o nível do dólar no mercado local ainda é elevado e reflete as incertezas do ponto de vista fiscal e político no Brasil.>
Logo pela manhã, a divisa abriu em alta, mas tão logo o resultado do payroll dos EUA se mostrou mais fraco do que as projeções, despencou em linha com o movimento de enfraquecimento da moeda americana frente a fortes e de países emergentes pares do real.>
O mercado de trabalho dos Estados Unidos gerou 559 mil empregos em maio, abaixo da mediana de 700 mil vagas do Projeções Broadcast. A taxa de desemprego americana caiu, de 6,1% em abril para 5,8% em maio. A projeção era de queda da taxa a 5,9% no último mês.>
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Alexandre Almeida, economista da CM Capital, vê claramente uma inversão de tendência no câmbio após a divulgação do resultado. "A principal mensagem é uma discussão contínua, não só de hoje. Com dados de inflação mais robustos, segue em pauta a percepção de uma antecipação de alta de juros nos EUA, as discussões sobre a retirada de estímulos. Mas a visão do Fed, que se mostra mais próxima dos dados efetivos que vem sendo divulgados, tende a acalmar o mercado e fazer com que o dólar se enfraqueça perante demais moedas".>
Nesse contexto, complementa Almeida, os países emergentes, que já iniciaram seu processo de aperto da política monetária, têm sido mais atraentes para fluxos de recursos de estrangeiros.>
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