Publicado em 30 de agosto de 2019 às 18:22
A taxa de desemprego recuou no país, mas devido à criação de vagas no mercado informal, que bateu novo recorde.>
O número de empregados sem carteira assinada atingiu 11,7 milhões no trimestre encerrado em julho, enquanto os trabalhadores por conta própria - cuja maior parte não tem CNPJ - chegaram a 24,2 milhões, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (30).>
Os números são os mais altos já registrados pelo IBGE na série da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), iniciada em 2012.>
No período, a taxa de desocupação no>
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caiu para 11,8%, o que representa 12,6 milhões de pessoas desempregadas, contra 12,5% no trimestre imediatamente anterior (fevereiro a abril de 2019). "Desde o início da crise econômica a inserção por conta própria vem sendo ampliada em função da falta de oportunidade no mercado formal", afirmou Cimar Azeredo, gerente da Pnad.>
O total de empregados do setor privado sem carteira de trabalho assinada teve um aumento de 3,9% (441 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e de 5,6% (619 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018. Já o número de trabalhadores por conta própria subiu 1,4% (343 mil pessoas) na comparação trimestral e 5,2% (1,2 milhão de pessoas) em comparação ao mesmo período do ano passado.>
Segundo Azeredo, experiências de crises anteriores apontam que, quando o mercado de trabalho se recupera, o emprego informal cai, em vez de aumentar. Ou seja, o recorde da informalidade indica que o mercado de trabalho ainda não se recuperou, apesar da queda na taxa de desemprego.>
Como vagas informais costumam pagar menos que as formais, um aumento no número de postos sem carteira reduz a média salarial da população. De acordo com o IBGE, o rendimento médio real habitual do trabalhador chegou a R$ 2.286, contra R$ 2.311 nos três meses antes.>
O número de empregados no setor privado com carteira assinada marcou 33,1 milhões, estável em comparação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado.>
SUBOCUPADOS>
O número de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas também bateu recorde e chegou a 7,3 milhões de pessoas, com alta de 4,8% (337 mil subocupados) sobre o trimestre anterior e de 12,4% frente ao mesmo trimestre de 2018.>
A população fora da força de trabalho ficou em 64,8 milhões de pessoas, enquanto o número de desalentados -aqueles que gostariam de trabalhar, mas não procuraram emprego no período- marcou 4,8 milhões.>
A força de trabalho -pessoas ocupadas e desocupadas- é a maior da série histórica, estimada em 106,2 milhões, um aumento de 610 mil pessoas (0,6%) quanto ao trimestre anterior e de 2 milhões (1,9%) na mesma época no ano passado.>
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