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Da pista de grama ao novo terminal: conheça a história do aeroporto

Da pista de grama ao novo terminal: conheça a história do aeroporto

Chamado de Campo de Aviação das Goiabeiras, o atual Aeroporto de Vitória foi construído em um pasto e, no início, era preterido pelo famoso Cais do Hidroavião

Publicado em 27 de março de 2018 às 17:58

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Aeroporto após construção da torre, por volta da década de 1950. (Arquivo A Gazeta)

Uma pista de grama e uma estação de passageiros de ladrilhos vermelhos e telhados coloniais. Assim era o Campo de Aviação das Goiabeiras, como era chamado o Aeroporto de Vitória em seus primeiros anos, por volta da década de 1930.

Construída pelo engenheiro francês Pierre George Latécoère no final da década de 1920 para ser um ponto de reabastecimento de uma linha de correio aéreo, que vinha da Europa e chegava até a Argentina, a pista foi feita sobre uma região onde antes era um pasto de bois. Aos poucos, a pista de Goiabeiras foi ganhando a preferência de pilotos e passageiros, que até a década de 1940 priorizavam o Cais do Hidroavião.

Segundo o escritor e ex-presidente do Aeroclube do Espírito Santo Alfredo César da Silva, a região era de acesso difícil. Como o transporte público só se resumia a parte insular de Vitória, o jeito era ir de carro ou pegar um bonde até a Praia do Canto e caminhar até o aeroporto, como registrou em seu livro sobre a história do Aeroclube no Estado.

“Era um local com poucos casas, entre o mar e o mangue. O volume maior começou a partir de 1943, quando pavimentaram a pista de pouso com concreto. Foi uma obra que contava com um convênio dos Estados Unidos que, no meio da Segunda Guerra Mundial, escolheu alguns lugares para as forças armadas americanas utilizarem durante o conflito”, conta Alfredo César.

VOOS PARA TODO O LITORAL

Foi nesta mesma época que também foi construída a torre de controle e um restaurante. As ofertas de voos também eram mais diversificadas do que hoje, com rotas regulares para todo o litoral brasileiro, principalmente com viagens para Caravelas e Salvador, na Bahia; para Recife, em Pernambuco; e até para Manaus, no Amazonas. As linhas eram operadas por empresas como a Varig, Panair do Brasil e Cruzeiro, todas extintas.

Somente em 3 de fevereiro de 1975 é que o terminal foi incorporado a recém criada Infraero, nascida em 1973, que se tornou a responsável por administrar os aeroportos das capitais brasileiras. É a partir deste marco que se comemora o aniversário do Aeroporto de Vitória.

AEROPORTO QUASE FOI PARA VILA VELHA E SERRA

Durante a década de 1970, começou a ser estudada a necessidade de ampliação da pista. Chegou-se a cogitar transferir o aeroporto para a Serra, em uma região próxima a Nova Almeida, e para Vila Velha, entre a Barra do Jucu e Ponta da Fruta. No entanto, a Infraero optou por ampliar a pista de Goiabeiras, que passou de 1.500 metros para 1.750 metros de extensão.

NOME DO AEROPORTO

Em 1948, o “Campo de Aviação das Goiabeiras” foi batizado com o nome do então ministro da Aeronáutica, Salgado Filho. Anos depois, na década de 1970, o aeroporto de Porto Alegre foi batizado com o nome de Salgado Filho, que era gaúcho. Assim, o aeroporto de Vitória passou a ser chamado de Eurico Salles, que foi um político tradicional durante a década de 1950.

Há, inclusive, uma projeto de lei que tramita na Câmara para que o novo terminal passe a se chamar Augusto Ruschi, em homenagem ao famoso ambientalista capixaba.

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