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Consumo das famílias e geração de empregos seguram alta do PIB capixaba

Consumo das famílias e geração de empregos seguram alta do PIB capixaba

O varejo do Espírito Santo foi o que mais cresceu no Brasil no acumulado dos últimos quatro trimestres

Publicado em 18 de setembro de 2019 às 22:59

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Com mais emprego e renda, consumo das famílias mantém positivo o PIB do Estado. (Fernando Madeira)

Com as dificuldades sofridas pelo setor industrial, a alta do Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo, que foi de 2,5% no segundo trimestre em comparação com os três meses anteriores, foi liderada pelo consumo das famílias. No período, houve aumento tanto no comércio varejista (2,3%) quanto no setor de serviços (0,9%).

Segundo o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), a manutenção de uma variação positiva desses setores é provocada pela retomada do emprego. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), aumentou em 69 mil o número de pessoas ocupadas no segundo trimestre deste ano em relação ao período anterior. O aquecimento foi sentido tanto nos segmentos formais quanto nos informais.

“Temos trabalhado com um saldo positivo até em categorias que eram tipicamente informais, como as empregadas domésticas. Mais formalização significa mais pagamento de impostos e mais renda”, afirma o coordenador de Estudos Econômicos do instituto Antonio Ricardo Freislebem da Rocha.

Quando analisados os últimos quatro trimestres, o varejo capixaba manteve-se na liderança nacional com o maior crescimento dentre as unidades da federação (+9,4%). O desempenho dos demais Estados da região Sudeste ficaram abaixo da média nacional de +3,7%: São Paulo (+5,5%), Rio de Janeiro (+1,0%) e Minas Gerais (+0,3%).

Os setores de bens duráveis, que são influenciados pelo crédito, foram os que mais se destacaram, no acumulado em quatro trimestres: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação teve o maior acréscimo (57,3%); veículos, motocicletas, partes e peças (14,7%); e móveis e eletrodomésticos (12,9%). Dados do Banco Central apontam para uma elevação das operações de crédito no Espírito Santo, ao mesmo tempo em que houve uma redução na taxa de inadimplência.

Para o presidente do IJSN, Luiz Paulo Velloso Lucas, como o setor industrial do Estado tem apresentado performance pior do que o nacional, a expectativa é de que o consumo dos trabalhadores e suas famílias mantenham o crescimento do PIB capixaba acima do brasileiro. “Quando cresce o emprego, as famílias vão consumindo bens duráveis e construindo. É daí que está saindo a energia da economia capixaba hoje”, afirmou.

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O setor de serviços apresentou alta de 0,9% no segundo trimestre deste ano em comparação ao trimestre imediatamente anterior. No entanto, na análise da variação acumulada em quatro trimestres, o volume de serviços no estado do Espírito Santo, teve redução de 1,6%. A queda foi impulsionada pela redução de 11,5% nos serviços chamados de “profissionais, administrativos e complementares”, que englobam, por exemplo, os de vigilância, limpeza e cobrança bancária.

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