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Como era a vida do capixaba antes das obras do aeroporto

Como era a vida do capixaba antes das obras do aeroporto

Mariana Rondina Furtunato nasceu há 16 anos junto com as obras do aeroporto e aguarda para vê-las entregues. Relembre a vida no Estado quando anunciaram o novo terminal

Publicado em 27 de março de 2018 às 21:02

Em setembro de 2002, a Infraero anunciava aos capixabas a construção do novo Aeroporto de Vitória. Na previsão da estatal, em três anos Vitória teria uma nova pista e um novo terminal de passageiros. Naquele mesmo ano nascia a estudante Mariana Rondina Furtunato, em Vitória. Hoje, aos 16 anos, a adolescente ainda aguarda para finalmente visitar o terminal que está sendo construído desde que nasceu.

“É surreal comparar a estrutura de outros aeroportos com o de Vitória. Não dá para acreditar que é um aeroporto de capital. Parte da minha família é carioca, então me acostumei a passar férias lá e desembarcar no Santos Dumont. Aqui no Brasil, já estive nos dois aeroportos do Rio de Janeiro, no de Recife, de São Paulo e, fora do país, nos de Roma e Londres. É muito diferente do que temos aqui”, afirma a estudante que utiliza desde os cinco anos o aeroporto do capital, sendo que a partir dos 10 anos já viajava sozinha.

Planejando uma viagem para julho, Mariana conta que o antigo terminal vai ficar marcado em sua memória pelas longas filas e pelas brincadeiras feitas pelas amigas cariocas.

“Quando precisei despachar malas, cheguei a ficar quase uma hora na fila e ainda esperar para embarcar. Na época de férias fica muita gente no saguão, já tinha passado a hora de uma ampliação. Vou lembrar das brincadeiras que algumas amigas minhas de outros estados faziam, sobre o tamanho do aeroporto”, conta.

TRANSFORMAÇÕES NO ESTADO

O anúncio das obras do aeroporto foi uma luz de esperança para os capixabas, em setembro de 2002. Naquele ano, o Espírito Santo estava no auge de uma de suas maiores crises políticas. Ameaçado de impeachment e respondendo a denúncias de desvio de dinheiro, o então governador, José Ignácio Ferreira (à época no PSDB), chegava ao fim de seu governo. O Estado estava sob intervenção federal, a fim de impedir a ação do crime organizado e de grupos de extermínio.

Ao mesmo tempo, o então presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), José Carlos Gratz (na época no DEM), tinha o registro cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), por abuso de poder econômico.

Na economia, o salário mínimo pago aos brasileiros era de R$ 200 e o dólar era vendido a R$ 4. Na cultura, os capixabas chegavam aos palcos nacionais com a banda Casaca, que lançava seu segundo álbum, com hits como Da Da Da, Sereia e Anjo Smile.

Depois de tanto tempo de obra, resolvemos fazer uma lista de como era o Espírito Santo e o mundo quando foi anunciada a construção do novo aeroporto.

VEJA COMO ERA A VIDA NO ESTADO EM 2002

 

 

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