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Bolsonaro enterra Renda Brasil e diz que Bolsa Família continua

Bolsonaro enterra Renda Brasil e diz que Bolsa Família continua

Presidente ameaçou dar "cartão vermelho" a integrantes da equipe econômica que defenderem medidas como corte de benefícios e congelamento de aposentadorias

Publicado em 15 de setembro de 2020 às 11:10

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Presidente Jair Bolsonaro fica irritado com manchetes sobre Renda Brasil
Presidente Jair Bolsonaro fica irritado com manchetes sobre Renda Brasil. (Youtube/Reprodução)

BRASÍLIA- O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (15) que desistiu de lançar o programa Renda Brasil, uma reformulação do Bolsa Família.

Em vídeo nas redes sociais, o presidente ameaçou com "cartão vermelho" integrantes da equipe econômica que defenderem medidas como o corte de benefícios de aposentados e deficientes. Ele disse que a proposta é um devaneio e está longe de representar a realidade de parte da população.

"Até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa Família. E ponto final", afirmou em vídeo postado no Facebook e no Youtube.

No vídeo, o presidente disse ter ficado surpreso ao ler as manchetes dos principais jornais que traziam a informação de que o Ministério da Economia queria abrir espaço no Orçamento para o Renda Brasil fazendo cortes em alguns benefícios e mesmo promovendo o congelamento de aposentadoria e pensões por dois anos.

Revoltado, Bolsonaro disse que estava enterrando de vez o Renda Brasil e que jamais vai tirar dinheiro dos pobres para dar para quem está em situação ainda pior. 

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Eu já disse, há poucas semanas, que eu jamais vou tirar dinheiro dos pobres para dar para os paupérrimos. Quem porventura vier propor para mim uma medida como essa, eu só posso dar um cartão vermelho. É gente que não tem o mínimo de coração, o mínimo de entendimento de como vivem os aposentados do Brasil

Jair Bolsonaro
Presidente
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Segundo o jornal Estado de S.Paulo, a ideia de congelar benefícios previdenciários por dois anos foi confirmada pelo secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues.

"A desindexação que apoiamos diretamente é a dos benefícios previdenciários para quem ganha um salário mínimo e acima de um salário mínimo, não havendo uma regra simples e direta [de correção]. O benefício hoje sendo de R$ 1.300, no ano que vem, ao invés de ser corrigido pelo INPC, ele seria mantido em R$ 1.300. Não haveria redução, haveria manutenção", disse o secretário ao G1.

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No vídeo Bolsonaro disse ainda que as propostas podem ter partido da equipe econômica, mas que jamais são ideias do seu governo. "Jamais vamos congelar salário de aposentados como jamais vamos fazer com que o auxílio para idosos e pessoas com deficiência seja reduzido para qualquer coisa que seja", disse o presidente. 

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