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ArcelorMittal Cariacica pode ser vendida

ArcelorMittal Cariacica pode ser vendida

Grupo ArcelorMittal pode se desfazer da unidade capixaba para conseguir finalizar a aquisição da Votorantim Siderúrgica. Venda de ativos foi imposta pelo Cade

Publicado em 8 de fevereiro de 2018 às 03:02

Bobinas ArcelorMittal Crédito: Divulgação | ArcelorMittal Tubarão

A unidade da ArcelorMittal localizada em Cariacica, no Espírito Santo, pode ser vendida pelo grupo siderúrgico que é o maior produtor de aço do mundo. Esse é um dos pontos impostos pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para aprovar a compra da Votorantim Siderúrgica, segundo informações do jornal "O Estado de S. Paulo". A planta que fica no Espírito Santo está inclusa em um pacote de venda de ativos para que o negócio seja concretizado.

O presidente da ArcelorMittal Aços Longos para a América do Sul, Jefferson De Paula, avaliou que as restrições impostas pelo órgão foram duras, mas a operação ainda gerará muito valor para o grupo. “Estamos muito satisfeitos com o resultado, a aquisição da Votorantim é muito importante para a ArcelorMittal e permitirá muitas sinergias e melhorias operacionais. Vamos nos tornar o líder do mercado de aços longos no Brasil”, afirmou.

O Cade aprovou por maioria o negócio, condicionado à assinatura de um acordo que prevê a venda de dois pacotes de ativos. Foram incluídos nove mercados em que o conselho identificou que a fusão geraria concentração muito alta.

Um primeiro pacote prevê a venda de ativos para a produção de vergalhões, telas eletrosoldadas, perfis leves, perfis médios, arames recozidos, barra MBQ e CA-60. Um segundo pacote contemplará treliças e fio-máquina. Os pacotes terão que ser vendidos a compradores diferentes.

Uma das empresas interessadas é a mexicana Simec. As vendas incluem unidades hoje da ArcelorMittal em Cariacica (ES), Itaúna (MG) e outras duas em local não divulgado.

Além da relatora, votaram pela aprovação do acordo os conselheiros Maurício Maia e Paulo Burnier e o presidente Alexandre Barreto. Os conselheiros João Paulo Resende e Cristiane Alkmin votaram pela reprovação da operação.

Para o advogado da ArcelorMittal, Ademir Pereira Júnior, da Advocacia Del Chiaro, apesar de dois conselheiros terem votado contra a operação, os remédios construídos no acordo dão segurança de que a concorrência não será prejudicada.

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