Publicado em 17 de setembro de 2019 às 21:11
Segundo o Ministro de Energia da Arábia Saudita, a oferta de petróleo do país já foi totalmente restabelecida e as exportações previstas para setembro não serão reduzidas após os ataques a petroleira Saudi Aramco no último sábado (14).>
Incêndios em duas instalações da empresa provocaram o corte de metade da produção do país, maior exportador da matéria-prima do mundo. >
O Ministro, príncipe Abdulaziz bin Salman, disse em coletiva de imprensa nesta terça-feira (17) que o país tem capacidade de produção e estoques suficientes para retomar, e até aumentar, o ritmo de exportações e que os preços de combustíveis locais não serão afetados.>
>
De acordo com o príncipe, a Arábia terá uma capacidade de produção de 11 milhões de barris por dia (bpd) até o final de setembro, 1,2 milhão de barris a mais que a produção anterior aos ataques. Em novembro, a capacidade deve chegar a 12 milhões de bpd.>
Para retomar a oferta, o país ativou campos ociosos de exploração e está utilizando reservas de petróleo. Também foram limitadas as compras da matéria-prima crua por refinarias locais.>
Salam disse ainda que a Arábia Saudita iniciou uma investigação sobre o ocorrido e que o país precisa tomar medidas rígidas para prevenir novos ataques. "Estamos pedindo que o mundo nos ajude a proteger o petróleo". >
TERRORISMO>
Ele classificou o ataque como terrorista, mas não apontou uma possível origem. Segundo autoridades americanas, a ofensiva teria partido do Irã.>
O receio que os ataques reduziriam a oferta mundial de petróleo levou o preço do barril a US$ 68 (R$ 278,12) na segunda (17), uma alta de 13%, a maior valorização percentual diária em 11 anos. >
Com as falas do ministro desta terça, a commodity opera em queda de 6,77% por volta das 16h17, a US$ 64,35.>
Também estavam na coletiva, o presidente do conselho da Saudi Aramco, Yasir Al-Rumayyan, e o CEO da empresa, Amin Nasser. >
Eles disseram que o dado dos ataques ainda está sendo calculado e que o ocorrido não muda os planos da petroleira para sua abertura de capital (IPO), que deve acontecer nos próximos 12 meses.>
Segundo Nasser, foram dez focos de incêndio na refinaria de Abqaiq, a maior instalação de processamento de petróleo no mundo. Com a redução da capacidade, a instalação está produzindo 2 milhões de bdp por dia. Antes do ataque, eram 4,9 milhões de bdp.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta