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Aeroporto de Vitória é o segundo mais mal avaliado do Brasil

Aeroporto de Vitória é o segundo mais mal avaliado do Brasil

Wi-fi ruim, falta de tomadas e custo de estacionamento e alimentação são principais reclamações

Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 23:59

Crédito: Internauta Mário José Pessotti Louzada | Arquivo

Pela primeira vez foi realizada uma pesquisa de satisfação dos usuários do Aeroporto de Vitória e o resultado não é nada bom. O terminal capixaba foi o segundo mais mal avaliado entre os 20 consultados pela Secretaria Nacional de Aviação Civil, vinculada ao Ministério dos Transportes.

Os dados são do relatório de desempenho dos aeroportos, divulgado nesta terça-feira (30). A pesquisa foi realizada entre novembro e dezembro de 2017 e avaliou a satisfação dos passageiros em 38 quesitos, como atendimento, infraestrutura, serviços, acesso, entre outros. Os entrevistados atribuem notas de 1 a 5 a cada um dos quesitos.

A nota média geral do Aeroporto Eurico de Aguiar Salles, segundo o relatório, foi de 3,85, ficando na classificação ‘regular’. O índice só é maior que o Aeroporto de Florianópolis, que teve a nota 3,51. A média nacional ficou em 4,26.

A pesquisa é realizada trimestralmente pela Secretaria de Aviação Civil. Além do Aeroporto de Vitória, também foram incluídos nesta edição os terminais de Maceió (AL), Goiânia (GO), Belém (PA) e Florianópolis (SC). Os aeroportos de Curitiba (com nota 4,77) e de Viracopos, em Campinas (4,76), foram os que registraram maior índice de satisfação.

RECLAMAÇÕES

A infraestrutura e os serviços prestados no terminal foram as principais queixas dos passageiros entrevistados em Vitória. No topo do ranking de reclamações, os campeões são o custo-benefício de serviços como o preço dos produtos em lanchonetes e restaurantes, de itens nas lojas do terminal, e do valor do estacionamento.

Na sequência, aparecem as reclamações de infraestrutura, como a má qualidade da internet wi-fi oferecida, a falta de tomadas para carregar aparelhos eletrônicos, e a baixa disponibilidade de caixas eletrônicos, banheiros e painéis de voos.

A nível nacional, as principais reclamações dos usuários também foram a alimentação e o custo-benefício do comércio, além da falta de acesso por transporte público. “Estes são os nossos três pontos críticos. Não estamos numa posição confortável mas já melhoramos, com a evolução de 30% no serviço de alimentação, o que mostra que estamos no caminho certo para equiparar os indicadores operacionais”, disse o secretário de Aviação Civil, Dario Lopes.

Procurada pela reportagem, a Infraero, responsável pelo Aeroporto de Vitória, informou que considera a pesquisa válida para aprimorar seus processos nos aeroportos sob sua administração. A estatal afirmou que está comprometida em finalizar a obra do novo aeroporto, que está 98% concluído e tem entrega prevista para o primeiro trimestre deste ano. Segundo a Infraero, as novas instalações deverão melhorar a percepção dos passageiros sobre os serviços prestados.

A Infraero ressaltou ainda que na pesquisa de percepção dos passageiros teve a maioria dos aeroportos apontados como os melhores pelos usuários e que essa experiência será aproveitada no terminal capixaba.

O RANKING DE AVALIAÇÃO DOS AEROPORTOS

 Curitiba (PR) 4,77

2º Campinas (SP) 4,76

3º Confins (MG) 4,48

4º Natal (RN) 4,48

5º Santos Dumont (RJ) 4,43

6º Guarulhos (SP) 4,43

7º Manaus (AM) 4,39

8º Brasília (DF) 4,34

9º Fortaleza (CE) 4,31

10º Recife (PE) 4,29

11º Maceió (AL) 4,28

12º Porto Alegre (RS) 4,28

13º Congonhas (SP) 4,22

14º Goiânia (GO) 4,21

15º Cuiabá (MT) 4,14

16º Galeão (RJ) 4,11

17º Belém (PA) 4,01

18º Salvador (BA) 3,91

19º Vitória (ES) 3,85

20º Florianópolis (SC) 3,51

AS 10 PRINCIPAIS RECLAMAÇÕES EM VITÓRIA

Custo-benefício dos produtos de lanchonetes e restaurantes: 2,70

Custo-benefício do estacionamento: 2,74

Qualidade da internet wi-fi disponibilizada: 2,91

Custo-benefício dos produtos comerciais: 2,97

 Disponibilidade de tomadas: 3,35

Disponibilidade de bancos e caixas eletrônicos: 3,40

Quantidade e qualidade de lanchonetes e restaurantes: 3,57

Disponibilidade de sanitários: 3,67

Qualidade das instalações de estacionamento de veículos: 3,68

10º Disponibilidade e qualidade das informações nos painéis de voo: 3,78

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