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Um em cada 10 brasileiros faz parte do cooperativismo, aponta pesquisa

Um em cada 10 brasileiros faz parte do cooperativismo, aponta pesquisa

Cerca de 1,7 milhão de pessoas aderiram a alguma cooperativa no último ano, o que representa um crescimento de quase 8,3% em relação a 2021

Publicado em 23 de agosto de 2023 às 17:26

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No cooperativismo, existe a possibilidade de participar das decisões, eleger a diretoria e os conselhos e ter participação nos resultados e acessar serviços e capacitações de forma mais facilitada
Algumas das vantagens de ser cooperado é participar das decisões e ter direito à participação nos resultados da cooperativa. (Stock Adobe)
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O cooperativismo está em expansão e faz parte da vida de cada vez mais brasileiros. O número de cooperados, como são chamadas as pessoas que participam de uma cooperativa, chegou a 20,5 milhões em 2022, o que representa 10% da população do país. O número foi revelado na última semana com a publicação do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2023.

Isso significa que uma em cada 10 pessoas no país desfrutam dos benefícios de fazer parte de uma cooperativa. Isso inclui a possibilidade de participar das decisões, eleger a diretoria e os conselhos de uma organização cooperativa, ter participação nos resultados e acessar serviços e capacitações de forma mais facilitada.

Ainda de acordo com o relatório, as 4,6 mil cooperativas distribuídas pelo território brasileiro atuam em ramos e segmentos de negócios variados, como agricultura e pecuária, crédito, saúde, transporte, infraestrutura, educação, prestação de serviços especializados a terceiros e outros. Essa diversidade permite que o cooperativismo esteja presente em mais de 1,4 mil municípios.

Além de economicamente robustas, com uma movimentação financeira que chegou à casa dos R$ 655,5 bilhões no último ano, as cooperativas se destacam pela sua longevidade. Em um cenário em que mais de 70% das empresas fecham as portas com menos de 10 anos em atividade, mesmo antes da pandemia, verificou-se que mais da metade das cooperativas brasileiras (52,5%) têm mais de 20 anos de atuação no mercado.

O diretor-executivo do Sistema OCB-ES, Carlos André Santos de Oliveira, observa que as cooperativas precisam de um estudo de viabilidade econômica antes de serem implementadas
O diretor-executivo do Sistema OCB/ES, Carlos André Santos de Oliveira, observa que as cooperativas passam por um estudo de viabilidade econômica antes de serem implementadas. (Sistema OCB/ES / Divulgação)

O diretor-executivo do Sistema OCB/ES, Carlos André Santos de Oliveira, explica alguns fatores que contribuem para o sucesso das cooperativas a longo prazo. “Antes de serem constituídas, é feito um estudo de viabilidade econômica para garantir que as cooperativas se desenvolvam. Após esse momento crucial, elas são incentivadas a investir no fortalecimento da sua gestão, governança e negócios”, detalha.

Retornos para a sociedade

De acordo com a superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, não são apenas os cooperados que ganham ao se tornarem membros dessas organizações. Toda a sociedade desfruta do crescimento desse modelo de negócio. Ela destaca que uma pesquisa, realizada pelo Sistema OCB, em conjunto com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), apontou que para cada R$ 1 gasto com cooperativa, R$ 2,92 são devolvidos para a sociedade em forma de benefícios.

“O cooperativismo é um modelo de negócios que gera impactos positivos para os cooperados, para a sociedade e para toda a economia brasileira. Esses dados apontam que estamos no caminho certo e que quanto maior for a presença do cooperativismo no Brasil, maior também serão os ganhos para todos ao seu redor”, afirma a superintendente.

Tânia Zanella defende que toda a sociedade pode se beneficiar com os impactos das cooperativas na economia
Tania Zanella defende que toda a sociedade pode se beneficiar com os impactos das cooperativas na economia. (Guilherme Kardel)

O cooperativismo ainda gera benefícios para as comunidades e a economia local. Em 2022, os municípios que contavam com a presença de cooperativas apresentavam, em média, um incremento de R$ 5,1 mil no Produto Interno Bruto (PIB) por habitante.

O impacto também pode ser medido em termos de ocupação. Nos municípios em que as cooperativas atuaram, houve, no último ano, um incremento de 28,4 empregos formais a cada 10 mil habitantes.

Onde o cooperativismo está é possível encontrar maior PIB per capita e mais empregos formais, além de melhor saldo na balança comercial dos municípios. “São indicadores que demonstram o potencial de transformação econômica e social do modelo de negócio cooperativista nos locais em que ele se instala”, complementa Zanella.

O anuário

Desde 2020, o Sistema OCB, organização que representa as cooperativas nacionalmente, publica o Anuário do Cooperativismo Brasileiro. A pesquisa reúne os dados oficiais do movimento cooperativista no país.

O documento conta com indicadores que mostram o status do cooperativismo no mundo e no Brasil. No recorte brasileiro, ainda é possível acompanhar os dados segmentados por ramos de atuação.

De forma inédita, este ano, a pesquisa conta com um estudo complementar que avalia os impactos do cooperativismo na economia brasileira, desenvolvido pela Fipe.

Acesse o Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2023 e conheça, em detalhes, o potencial socioeconômico desse modelo de negócio.

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