Publicado em 15 de agosto de 2024 às 18:02
Engana-se quem pensa que a tecnologia não pode ser a aliada da saúde mental. Na verdade, hoje em dia, a neuropsicologia, área que estuda o impacto do cérebro nas funções cognitivas (memória e atenção, por exemplo), tem explorado procedimentos cada vez mais inovadores a fim de tratar pessoas com quadros de depressão, ansiedade ou transtorno bipolar.>
Um dos que mais tem se destacado é um equipamento que usa realidade virtual para ajudar pacientes com fobias. Segundo a neuropsicóloga Bruna Bona, a tecnologia permite criar um ambiente controlado para que medos e restrições possam ser superados de forma segura.>
“Isso permite expor o paciente a situações aversivas enquanto está acompanhado de um profissional qualificado. Com o apoio de técnicas de relaxamento, a ansiedade e o medo podem ser manejados. Nós chamamos esse ambiente virtual de metaverso”, explica.>
Além disso, a neuropsicóloga é especializada em neurofeedback e reabilitação cognitiva, que utiliza outras ferramentas tecnológicas. De acordo com Bruna Bona, é possível trabalhar a autoestima e treinar o cérebro dos pacientes para que eles possam se organizar melhor frente às limitações.>
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“O neurofeedback é um tratamento que usa os estudos da neurologia para aumentar a qualidade de vida dos pacientes. A prática consiste em aprimorar o funcionamento cerebral a partir da neuromodulação autorregulatória, ou seja, ele estimula as habilidades naturais do cérebro”, destaca.>
Já a reabilitação cognitiva, ou neuropsicológica, segundo Bruna Bona, “é mais uma forma de reabilitação de todo e qualquer dano acometido ao cérebro. Igualmente, uma pessoa que sofre um AVC e perde a capacidade de andar ou de movimentar a perna ou braço, também perde outras funções do cérebro da linguagem.”>
Tudo porque, quando se fala em tratamentos neurológicos, é preciso que os procedimentos sejam feitos de forma humanizada. Afinal, trata-se de superar medos e fobias que representam situações complicadas na vida dos pacientes.>
Esse cuidado em garantir a segurança é o que permite resultados eficazes, assim como auxilia no desenvolvimento de quem busca por um tratamento. >
A Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (tDCS), por exemplo, pode acelerar o estímulo à neuroplasticidade (capacidade do cérebro de se adaptar) em crianças, recuperá-la em idosos e até mesmo potencializar o efeito de algumas medicações.>
O procedimento é indolor e consiste na aplicação de uma corrente elétrica de baixa intensidade na cabeça para modular a atividade cerebral. Ela explica que a estimulação é feita por meio de eletrodos ligados a uma bateria e colocados na cabeça do paciente.>
“É uma técnica eficaz, versátil e que pode mudar positivamente a vida de pacientes com quadros como depressão, ansiedade, transtorno bipolar, fibromialgia, dor crônica, doença de Parkinson, esclerose múltipla, sequelas de AVC, entre outros”, destaca. >
Ainda falando de reabilitação cognitiva, Bruna também recomenda a musicoterapia, arteterapia e outras atividades específicas. A decisão de qual método é melhor para cada paciente depende de uma análise cautelosa por parte da psicóloga.>
“Primeiramente, realizamos o diagnóstico com uma avaliação neuropsicológica, para depois encontrar as ferramentas adequadas. Além disso, conforme o paciente for respondendo, desenvolvemos a melhor técnica”, explica.>
Ela cita que os benefícios da estimulação para o tratamento em crianças também incluem o desenvolvimento da fala, capacidade para resolução de problemas, criatividade e imaginação. >
Endereço: Av. Adalberto Simão Nader, 425 - Mata da Praia, Vitória - ES
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Contato: (27) 99670-6653>
Instagram: @neuropsibrunabona>
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