Estúdio Gazeta
A.S. Material de Construção
Olhar com outro olhar: é o que a maioria das pessoas fez quando se viu 24 horas (há mais de um ano) dentro de casa. Quanto mais tempo confinados, maior a vontade de mudar algo, reformar, cuidar, fazer diferente… e até fazer melhor. Quem pode afirmar isso com propriedade são os arquitetos e designers de interiores. É que desde o início da pandemia, os projetos ganharam necessidades específicas do novo momento em que estamos vivendo. Afinal, o lar deixou de ser simplesmente um lugar para dormir e tornou-se um refúgio para todo o dia.
“O aparador na entrada da casa que antes era apoio para adornos e chaves dá lugar aos bancos, suportes de bolsas e local para sapatos, criando ali um espaço para a higienização de quem vem da rua”, exemplifica a arquiteta Carol Del Piero. Ainda preocupados com a higienização, ela conta que os moradores têm solicitado bancadas mais espaçosas na cozinha e área de serviço, como uma área de apoio para a limpeza das compras.
“Outra mudança que não podemos deixar de citar é o home office. Esse espaço ganhou destaque e tornou-se imprescindível. Seja em uma bancada na sala de estar, um ambiente exclusivo para o escritório ou em um espaço reservado no quarto, o que não pode faltar é funcionalidade, ergonomia e conforto”, explica Carol, sobre os ambientes destinados às atividades de trabalho em casa.
Para o design de interiores Regilano Dornelas, o quarto de visitas foi, disparado, o cômodo que mais passou por reformas durante o período de isolamento social. “Seja pequeno, seja grande, quem tinha um quarto de visita acabou transformando o cômodo em um local de trabalho e melhorou a iluminação e a climatização", garante.
Depois disso, ele conta que a adaptação mais desejada para melhorar a sensação de prazer e bem-estar durante a reclusão foi ‘levar’ o restaurante, o cinema e os shows para dentro de casa. Mas como assim? “Investindo em uma área gourmet e em uma sala de estar integrada com a varanda. Quem gosta de cozinhar, montar mesa posta, e receber, quis valorizar e unir esses ambientes”, diz.
Como as mudanças foram feitas em diferentes ambientes ao mesmo tempo, os especialistas alertam que encontrar a maior variedade de produtos no mesmo lugar é extremamente importante e facilitador. Há 30 anos construindo histórias, a A.S Material de Construção está junto de muitas famílias durante essas reformas, com uma linha completa que vai desde utilidades do lar, revestimentos, pisos, armários, portas e esquadrias, de acabamentos a material bruto e hidráulico. Além da loja, situada em Itapuã, Vila Velha, o atendimento também passou a ser feito via WhatsApp, um modo prático e seguro de encurtar distâncias.
Segundo a arquiteta e designer de interiores Simone Murelli, as pessoas passaram a olhar a casa como um espaço definitivo de convivência, sem uma transição obrigatória para o exterior. Ela acredita que a população traçou um objetivo em comum: transformar a casa no melhor lugar do mundo! “Surgiu um desejo maior de ter uma casa mais aconchegante, com roupa de cama confortável, um bom sofá, almofadas e elementos que remetem à natureza por meio de plantas, cores, texturas naturais, pedra e cimento”, pondera.
A especialista também percebeu um aumento no interesse por animais de estimação – que são ótimos companheiros para todas as idades. Murelli ressalta que moldar a casa de acordo com a personalidade de seus donos é fundamental para chamá-la efetivamente de lar. “É preciso fortalecer a identificação. Mais do que nunca, a casa tornou-se um refúgio de aconchego e paz. Para alcançar tudo isso, devemos tornar os ambientes funcionais e confortáveis, respeitando a individualidade de cada morador”, avalia.
Del Piero complementa: “Nós fazemos o projeto da casa com funcionalidade e beleza. Mas sempre falo que quem vai transformá-la em lar são os próprios moradores, ao levar a história deles para dentro dos ambientes, com quadros, lembranças de viagens, cheiros, texturas que os fazem se sentir bem, que traga a eles a sensação de pertencimento”, afirma. Para Dornelas, o ponto de partida para acertar na decoração é identificar o estilo dos moradores.
“Precisamos entender se eles são mais modernos, clean ou práticos. Vale ressaltar que na hora de decorar não existe certo ou errado! É importante que a pessoa se sinta à vontade para expressar os seus gostos e personalidade nos móveis, objetos e cores. Uma dica que eu sempre dou é aproveitar elementos chaves e adornos de família que remetem a uma memória afetiva”, finaliza. Ou seja, não é somente a construção, revestimentos, pé-direito duplo ou cozinha integrada que irão te fazer sentir-se em casa, mas sim tudo isso, agregado à vivência e experiências pessoais.
Muito se tem falado sobre os novos jeitos de morar e o que as tendências apontam como sendo o futuro da casa. Para a psicóloga Poliane Campos, a pandemia provocou uma mudança no comportamento dos moradores, sim, porque abriu os olhos deles para a importância de tornar o lar um reduto de conforto e acolhimento. “Nós estávamos inseridos em uma rotina de sair e entrar em casa como se fosse apenas um dormitório e sem valorizar os aspectos físicos (de estrutura) e os aspectos emocionais (de convivência) que podem ser construídos no lar”, pontua.
A especialista acredita que o saldo dessa mudança é positivo e explica o porquê: “Indivíduos de uma mesma casa passaram a conviver mais uns com os outros. Isso exige mais compreensão e paciência, porque o enclausuramento é estressante e nem sempre a pessoa está bem todos os dias. No entanto, esse contato mais próximo incentiva o diálogo. Quando as pessoas passam a conversar mais, elas se conhecem melhor e estreitam os laços”, conta a psicóloga.
Porém, para que isso funcione da melhor maneira possível, Campos reforça a importância de estabelecer regras para o lar. “As crianças, por exemplo, têm que ter disciplina, como um tempo estabelecido para as refeições, para mexer no celular, para estudar, ajudar em casa e realizar demais atividades. Acredito que as pessoas estão se desenvolvendo e esse tempo maior juntos deve ser bem aproveitado”.
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