Publicado em 16 de dezembro de 2022 às 17:30
Ao fim dos seis quilômetros de extensão da Praia de Camburi, em Vitória, está o acesso gratuito para um refúgio que contrasta com o cenário de concreto, barulho e intenso fluxo de pessoas e veículos. Em plena região metropolitana, uma floresta urbana oferece ambientes mais silenciosos e contato direto com a natureza, encantando quem faz essa jornada de descobertas. >
O local é fonte de água, alimento, energia e ar para fauna e flora e também de oportunidades de recreação, inspiração e bem-estar físico e mental para o público, sejam crianças, sejam adultos. >
É assim que os frequentadores descrevem o Parque Botânico situado em Jardim Camburi, em uma área verde de 33 hectares (330 mil metros quadrados). Os cantos e recantos lá disponíveis, acrescentam, representam uma ótima opção para vários momentos, inclusive para levar as crianças nas férias escolares que se aproximam.>
Famílias fazem desse local um espaço para relaxar, inspirar-se e exercitar-se. É lá que a turismóloga Elisa Bernardi, de 42 anos, leva os filhos para se divertirem e, de quebra, aprenderem. “É um espaço muito bem estruturado, onde as pessoas podem ter esse contato com a natureza. Sempre trago as crianças aqui para que possam ver a horta, conhecer sobre a coleta do lixo sustentável e para que tenham contato com os animais”, conta ela.>
>
A construção de uma relação afetuosa e respeitosa com os animais é incentivada. No Parque Botânico Vale, a criançada pode encontrar Arthur, Samara, Anahí, João, Zeca e Lili, os mascotes das espécies sapo-cururu, catioco, sagui, pica-pau, jacaré-do-papo-amarelo e biguatinga, respectivamente. Eles fazem parte de um conjunto composto por 21 espécies de anfíbios, 14 de répteis, 131 de aves e cinco de mamíferos silvestres.>
As dinâmicas promovidas na estrutura visam, ainda, a difundir conhecimento e atitudes sustentáveis com base na participação, no envolvimento e na responsabilidade cidadã. O complexo integra o Cinturão Verde da Vale, na Capital. Fundado em 2004, é um território para vivência onde podem ser vistas mais de 140 espécies de árvores e plantas. Além disso, é possível encontrar diversas espécies de aves migratórias, lontras e répteis.>
Registros de um passeio no Parque Botânico Vale
Confira a seguir seis atrações disponíveis no Parque Botânico da Vale.>
O espaço é uma alternativa de lazer para os moradores de todas as idades da Grande Vitória. O Programa Movimento Livre tem como objetivo promover a saúde física e mental dos participantes. A metodologia aplicada consiste em exercícios físicos funcionais, porém simples e eficazes, em seis modalidades diferentes. >
A atividade é gratuita, mas cada aluno pode doar três quilos de alimentos não perecíveis por mês como mensalidade. Com a captação desses donativos, uma média de 6 mil toneladas de alimentos por ano são destinados a projetos sociais. >
Cármen Lúcia Lopes, de 62 anos, aluna das aulas funcionais, contou que o momento de se exercitar é a prioridade do dia dela. “Cada dia mais as pessoas da nossa idade precisam estar sempre em movimento. Fora que ver os amigos não tem preço!”, frisa.>
Cármen Lúcia Lopes
Frequentadora e aluna do Parque Botânico ValeQuem está procurando atividades breves e relaxantes pode participar de caminhadas de contemplação de espécies nativas da fauna e flora da Mata Atlântica. A trilha é apenas um dos pilares do programa de conscientização ambiental oferecido pelo Parque.>
A bióloga Taís Fernandes acredita que a educação ambiental está além do conhecimento sobre o meio ambiente. “Perpassa o comportamento no dia a dia da criança, porque o que ela aprende, ela leva como hábitos para casa. Isso tudo a partir da sensibilização ambiental”, diz a profissional, que trabalha na coordenação do espaço há seis anos.>
As trilhas acontecem de terça a sexta-feira, às 9, 10, 14 e 15 horas, com capacidade de até 10 pessoas por vez.>
A experiência nesse ambiente tem por propósito aguçar os cinco sentidos – tato, paladar, audição, olfato e visão – por meio do contato com as plantas. As sensações geradas por essa interação permitem a percepção da delicadeza e da fragilidade da natureza. É uma atração indicada também para pessoas com deficiência (PCDs).>
No Parque, há uma grande área arborizada com gramado para encontros em grupo. Basta que o frequentador providencie os alimentos de sua preferência, uma toalha grande, esteiras ou cangas de praia.>
Comemorações como aniversários e confraternizações são permitidas, desde que se obedeça a algumas restrições. São elas: não é permitido utilizar balões de qualquer tipo, caixotes, pallets de madeira decorativos e velas; usar as árvores como suporte para objetos; ou contratar serviço particular de recreação e semelhantes.>
Informação importante: às vezes os saguis fazem visitas na área de piquenique, mas não os alimente, porque as comidas humanas são impróprias para os animais que vivem no Parque. >
Um espaço para as crianças poderem brincar. Com gangorras, balanços, escorredores e outros atrativos, um lugar ao ar livre que garante a liberdade para correr e se divertir.>
O Parque tem atividades especiais aos sábados e domingos. Essas atrações são planejadas mensalmente. Por exemplo, em novembro, foram feitas visitas guiadas, trilhas ecológicas, caça ao tesouro, roda de troca de figuras da Copa do Mundo e oficina de sustentabilidade. Confira a programação atualizada no site do Parque.>
“O Parque Botânico não é só um espaço. É também um multiplicador de informação que pode realmente ajudar a mudar o mundo. A educação ambiental muda o mundo. Envolve questões comportamentais e entendimentos da natureza e mostra como você pode contribuir para ter essa harmonia de vivência”, destaca a bióloga Taís Fernandes.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta