Curso de Residencia
Vale
Ao fim dos seis quilômetros de extensão da Praia de Camburi, em Vitória, está o acesso gratuito para um refúgio que contrasta com o cenário de concreto, barulho e intenso fluxo de pessoas e veículos. Em plena região metropolitana, uma floresta urbana oferece ambientes mais silenciosos e contato direto com a natureza, encantando quem faz essa jornada de descobertas.
O local é fonte de água, alimento, energia e ar para fauna e flora e também de oportunidades de recreação, inspiração e bem-estar físico e mental para o público, sejam crianças, sejam adultos.
É assim que os frequentadores descrevem o Parque Botânico situado em Jardim Camburi, em uma área verde de 33 hectares (330 mil metros quadrados). Os cantos e recantos lá disponíveis, acrescentam, representam uma ótima opção para vários momentos, inclusive para levar as crianças nas férias escolares que se aproximam.
Famílias fazem desse local um espaço para relaxar, inspirar-se e exercitar-se. É lá que a turismóloga Elisa Bernardi, de 42 anos, leva os filhos para se divertirem e, de quebra, aprenderem. “É um espaço muito bem estruturado, onde as pessoas podem ter esse contato com a natureza. Sempre trago as crianças aqui para que possam ver a horta, conhecer sobre a coleta do lixo sustentável e para que tenham contato com os animais”, conta ela.
A construção de uma relação afetuosa e respeitosa com os animais é incentivada. No Parque Botânico Vale, a criançada pode encontrar Arthur, Samara, Anahí, João, Zeca e Lili, os mascotes das espécies sapo-cururu, catioco, sagui, pica-pau, jacaré-do-papo-amarelo e biguatinga, respectivamente. Eles fazem parte de um conjunto composto por 21 espécies de anfíbios, 14 de répteis, 131 de aves e cinco de mamíferos silvestres.
As dinâmicas promovidas na estrutura visam, ainda, a difundir conhecimento e atitudes sustentáveis com base na participação, no envolvimento e na responsabilidade cidadã. O complexo integra o Cinturão Verde da Vale, na Capital. Fundado em 2004, é um território para vivência onde podem ser vistas mais de 140 espécies de árvores e plantas. Além disso, é possível encontrar diversas espécies de aves migratórias, lontras e répteis.
Confira a seguir seis atrações disponíveis no Parque Botânico da Vale.
O espaço é uma alternativa de lazer para os moradores de todas as idades da Grande Vitória. O Programa Movimento Livre tem como objetivo promover a saúde física e mental dos participantes. A metodologia aplicada consiste em exercícios físicos funcionais, porém simples e eficazes, em seis modalidades diferentes.
A atividade é gratuita, mas cada aluno pode doar três quilos de alimentos não perecíveis por mês como mensalidade. Com a captação desses donativos, uma média de 6 mil toneladas de alimentos por ano são destinados a projetos sociais.
Cármen Lúcia Lopes, de 62 anos, aluna das aulas funcionais, contou que o momento de se exercitar é a prioridade do dia dela. “Cada dia mais as pessoas da nossa idade precisam estar sempre em movimento. Fora que ver os amigos não tem preço!”, frisa.
Quem está procurando atividades breves e relaxantes pode participar de caminhadas de contemplação de espécies nativas da fauna e flora da Mata Atlântica. A trilha é apenas um dos pilares do programa de conscientização ambiental oferecido pelo Parque.
A bióloga Taís Fernandes acredita que a educação ambiental está além do conhecimento sobre o meio ambiente. “Perpassa o comportamento no dia a dia da criança, porque o que ela aprende, ela leva como hábitos para casa. Isso tudo a partir da sensibilização ambiental”, diz a profissional, que trabalha na coordenação do espaço há seis anos.
As trilhas acontecem de terça a sexta-feira, às 9, 10, 14 e 15 horas, com capacidade de até 10 pessoas por vez.
A experiência nesse ambiente tem por propósito aguçar os cinco sentidos – tato, paladar, audição, olfato e visão – por meio do contato com as plantas. As sensações geradas por essa interação permitem a percepção da delicadeza e da fragilidade da natureza. É uma atração indicada também para pessoas com deficiência (PCDs).
No Parque, há uma grande área arborizada com gramado para encontros em grupo. Basta que o frequentador providencie os alimentos de sua preferência, uma toalha grande, esteiras ou cangas de praia.
Comemorações como aniversários e confraternizações são permitidas, desde que se obedeça a algumas restrições. São elas: não é permitido utilizar balões de qualquer tipo, caixotes, pallets de madeira decorativos e velas; usar as árvores como suporte para objetos; ou contratar serviço particular de recreação e semelhantes.
Informação importante: às vezes os saguis fazem visitas na área de piquenique, mas não os alimente, porque as comidas humanas são impróprias para os animais que vivem no Parque.
Um espaço para as crianças poderem brincar. Com gangorras, balanços, escorredores e outros atrativos, um lugar ao ar livre que garante a liberdade para correr e se divertir.
O Parque tem atividades especiais aos sábados e domingos. Essas atrações são planejadas mensalmente. Por exemplo, em novembro, foram feitas visitas guiadas, trilhas ecológicas, caça ao tesouro, roda de troca de figuras da Copa do Mundo e oficina de sustentabilidade. Confira a programação atualizada no site do Parque.
“O Parque Botânico não é só um espaço. É também um multiplicador de informação que pode realmente ajudar a mudar o mundo. A educação ambiental muda o mundo. Envolve questões comportamentais e entendimentos da natureza e mostra como você pode contribuir para ter essa harmonia de vivência”, destaca a bióloga Taís Fernandes.
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