> >
Avançam obras do porto que vai fortalecer exportações do ES

Avançam obras do porto que vai fortalecer exportações do ES

Complexo Portuário da Imetame já tem metade do quebra-mar norte concluído. Expectativa é que porto seja grande escoador de grãos e fortaleça a economia do Estado e do país

Publicado em 13 de dezembro de 2021 às 16:49- Atualizado há 2 anos

Ícone - Tempo de Leitura 4min de leitura
Obras do novo porto da Imetame seguem ritmo acelerado com o quebra-mar norte já concluído
Obras do novo porto da Imetame seguem ritmo acelerado com o quebra-mar norte já concluído. (Divulgação/ Imetame)
  • Estúdio Gazeta

    Esse conteúdo é pago por um anunciante e produzido pelo Estúdio Gazeta.
    Saiba mais em negocios.redegazeta.com.br/estudiogazeta
  • Imetame

O novo Porto da Imetame, que colocará o Espírito Santo com papel de destaque nas exportações do Brasil, já está em construção em Aracruz. A obra começou em julho de 2021, após a obtenção da última licença ambiental, e segue em ritmo acelerado: está com metade do quebra-mar norte concluído.

O Porto, com 17 metros de profundidade, permitirá ao Estado receber navios de grande porte, com calado de até 16,5m, tanto para contêineres (com os navios de 366m de comprimento) como para granéis vegetais, com os navios Capesize que atualmente não operam – e, quando o fazem, operam com limitações – nos portos do litoral brasileiro.

Uma simples comparação permite vislumbrar a grandiosidade do novo porto. O calado máximo operacional no Brasil atualmente é do Porto de Santos (SP), com 14,5m. Já o maior calado da Costa Leste da América do Sul está no Porto de Itaguaí (RJ), com 15,4 m. O Porto Imetame superará essas marcas.

CEO da Imetame Porto Aracruz, Cristiane Marsillac destaca a importância do avanço rápido das obras do Complexo Portuário da Imetame para a dinâmica das exportações do Espírito Santo e do Brasil.

“A Imetame é um Grupo reconhecido pela excelência na realização de obras e instalações de engenharia, e está trazendo esse DNA para o seu empreendimento portuário. O investimento com capital próprio do Grupo permitiu atuarmos de forma antecipada nas condicionantes, e agora a ter um ritmo acelerado de construção. À medida que a obra avança, há mais conforto para potenciais financiadores externos, e com isso temos tempo para equacionar da melhor forma o funding de longo prazo”, lembra.

Cristiane Marsillac destaca a importância de o ES possuir um porto com capacidade de receber navios de grande porte: "Tem um efeito transformador na economia de uma região". (Divulgação/ Imetame)

Destaque na rota da soja

De toda a exportação brasileira de grãos, 70% do volume tem como destino a Ásia. Para esse mercado, o Brasil é o fornecedor mais distante.

Atualmente, o país possui duas grandes rotas de movimentação de grãos, o Centro-Sudeste pelo Porto de Santos e o Arco Norte, no Norte do país. A partir do início da operação do Porto da Imetame, o Espírito Santo será uma alternativa altamente competitiva de escoamento da produção para a área de influência do corredor Centro-Leste.

“No caso de soja e do granel agrícola em geral, viabilizará uma cadeia logística mais competitiva para os produtores de Minas Gerais e Goiás, principalmente, com navios de grande porte, Capesizes, atendendo a rota para a Ásia. No caso do Petróleo, após a dragagem para 25 metros, viabilizará um terminal seguro para o transbordo de petróleopara os navios também de grande porte, VLCC, que fazem a exportação”, explica Cristiane Marsillac.

Segundo a Imetame, a adoção de um corredor Centro-Leste com bom serviço ferroviário e capacidade para grandes navios permitiria a redução das emissões de CO2 na exportação de soja em até 46%, e reduziria o valor do frete marítimo até a China em 30%.

Além disso, a região de instalação do porto da Imetame tem um diferencial competitivo, por já possuir vocação portuária, com dois portos atualmente em operação, além da facilidade de áreas para instalação de um grande centro logístico e industrial.

Atrativo econômico e aumento de renda

Aracruz, ainda, foi incluída na área da Sudene – que busca promover o desenvolvimento econômico e sustentável de sua área de atuação -, sendo ainda um enorme atrativo do ponto de vista tributário, ao possibilitar àqueles que se instalarem na região uma economia na ordem de 75% do Imposto de Renda. O novo porto também é importante para integrar o Espírito Santo ao projeto de cabotagem do governo federal, o BR do Mar.

“Um porto com as características que estamos implantando tem um efeito transformador na economia de uma região. O fato de haver um porto com capacidade para grandes navios, nascendo em uma cidade que agora possui os incentivos fiscais da Sudene, alavancará a instalação de diversas cadeias logísticas na região”, destaca Marsillac.

As obras de implementação do Porto vão gerar 650 empregos diretos e 300 indiretos durante o pico das atividades. Quando o Porto começar a operar, a estimativa é de 640 vagas diretas e 1 mil indiretas com a capacidade máxima.

Diferenciais do novo Porto da Imetame

  • Atenderá diversos tipos de carga: contêiner, carga geral, agronegócio e O&G;
  • Localizado na ES 010, próximo de diversas outras rodovias, incluindo a BR-101, o porto fica a 3 km da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). Está em andamento o projeto de conexão do porto Imetame com a EFVM, e, através desta conexão, com todo o Centro-Oeste, através da malha da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).
  • Mais de 1 milhão de m² de área;
  • 2,3 mil metros de cais para atracação de navios;
  • 17 metros de profundidade, para atender navios de grande porte;
  • R$ 1,7 bilhão de investimento;
  • O terminal de contêineres entrará em operação com capacidade para movimentação de mais de 300 mil TEUs por ano (TEU é uma unidade equivalente ao tamanho de um contêiner de 20 pés). Quando operar em capacidade total, movimentará mais de 1 milhão de TEUs/ano.
  • O terminal de carga geral terá capacidade para 1,2 milhão de toneladas/ano.
  • E o terminal de grãos (soja, milho e farelo) terá capacidade para mais de 15 milhões de toneladas/ano.
  • As obras de construção foram iniciadas em julho de 2021 e tem previsão de três anos para a conclusão da primeira fase, que contempla a movimentação de contêineres e carga geral.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais