Publicado em 6 de janeiro de 2022 às 11:15
O presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou nesta quarta-feira (5) o projeto de lei que prorrogaria a validade de concursos públicos homologados até 20 de março de 2020, devido à pandemia do coronavírus.>
A proposta dizia que o prazo estaria suspenso até o fim do decreto de calamidade pública, que ocorreu em 31 de dezembro de 2021. Pelo projeto, a validade dos certames voltaria a ocorrer em 1º de janeiro de 2022.>
O prazo de um concurso é o período que administração pública tem para cumprir o que está previsto no edital e nomear os aprovados. A Constituição Federal garante prazo de dois anos, prorrogáveis por mais dois.>
O chefe do Executivo vetou a medida a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), que alegou perda do objeto. >
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De acordo com a pasta, como a proposta está vinculada ao decreto de calamidade, que já perdeu a vigência, poderia implicar na aplicação de efeitos retroativos. O que, para a AGU, causaria insegurança jurídica.>
O projeto para ampliação da validade de concursos públicos foi aprovado em dezembro de 2021 pelo Senado e, anteriormente, pela Câmara dos Deputados. >
Publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (6), o veto do presidente ainda será analisado pelo Congresso na volta dos trabalhos do Legislativo, em fevereiro. Os parlamentares podem derrubá-lo.>
Durante o governo Bolsonaro, foram feitos apenas dois concursos para a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal (PRF), com 3.000 vagas. Realizado no ano passado, os certames foram anunciados ainda na gestão do então ministro da Justiça, André Mendonça.>
Policiais são considerados parte da base de apoiadores do presidente. No final do ano passado, Bolsonaro fez um novo gesto a eles, ao garantir reajuste a essas categorias.>
Os policiais federais e rodoviários federais também foram os únicos, durante esta gestão, a receber aumento salarial.>
Representantes dos servidores públicos federais reclamam que a maioria está com o salário defasado em 27,2%, pois não há reajuste desde 2017.>
O anúncio do governo levou a uma debandada na Receita Federal, e a uma ameaça de greve de outras categorias do Executivo federal.>
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