
Conversamos com o ex-árbitro Sandro Meira Ricci, representante da arbitragem brasileira nas Copas do Mundo de 2014, no Brasil, e em 2018, na Rússia, que agora trabalha para a MLS - Major League Soccer - nos Estados Unidos, onde atuam jogadores do quilate de Lionel Messi e Luis Suárez. Após pendurar o apito, ele trabalhou como comentarista, e exerce atualmente o cargo de gerente de árbitros sênior na Organização Profissional de Árbitros (PRO), empresa contratada pela Liga Americana de Futebol para trabalhar com os árbitros das suas competições.
Com um currículo invejável, Ricci, além de apitar em dois Mundiais, em 2013 arbitrou a final do Mundial de Clubes da FIFA. Já em 2014, a segunda partida da final da Copa Libertadores da América. Sandro nos atendeu prontamente com um "fala, Valente" e nos contou sobre a experiência com a arbitragem dos Estados Unidos, sede da próxima Copa do Mundo e a vida por lá com a família.
Como está a vida e a experiência com a arbitragem nos Estados Unidos?
Morar aqui está sendo uma experiência maravilhosa. É uma ótima oportunidade profissional por conviver em um ambiente de arbitragem profissional na MLS através da PRO, empresa que trabalho, como também para minha esposa, minha filha e meu filho recém-nascido.
Qual sua avaliação da arbitragem americana atualmente?
O nível da arbitragem e do futebol de campo americano são excelentes e em plena evolução. Tenho uma relação de ganha-ganha, pois passo minha experiência no futebol da América do Sul para os árbitros e aprendo a forma de gestão profissional aplicada aqui.
Em relação ao uso da tecnologia - VAR - pelos árbitros, você acha que influenciou no desempenho técnico dos mesmos?
Acho que sim. Os árbitros, inclusive os mais antigos, sentiram a diferença, mas trata-se de um processo em que é importante dar tempo ao tempo a até mesmo os mais antigos estão se acostumando com a tecnologia. Daqui para frente temos que focar na decisão de campo, ou seja, voltar às origens. Depois de oito anos da implementação do VAR pela FIFA e muito aprendizado, agora estamos voltando a fortalecer as decisões de campo para que o VAR interfira menos e somente em caso de erros claros, mas isso depende da compreensão dos clubes, jogadores e todos envolvidos no futebol.
Em relação à profissionalização, como é a situação da arbitragem aí nos Estados Unidos?
De fato, a arbitragem aqui é profissional. Os árbitros têm contrato de trabalho com a PRO - empresa que eu trabalho e que presta serviço para a Liga, onde todos eles são avaliados pelo desempenho, claro, e são ranqueados no final do ano conforme as regras de promoção e descenso. Nosso foco de trabalho é que o nível da arbitragem americana seja o melhor possível por meio de feedbacks ao final de cada rodada.
Qual a expectativa da arbitragem em relação à Copa do Mundo 2026 aí?
A gente espera ter vários representantes na Copa do Mundo 2026, não só porque a competição será jogada aqui, mas também porque nos últimos anos a arbitragem americana tem feito jogos importantes, como final de mundial de clubes e a final da Copa do Mundo feminina. Temos muitos árbitros se destacando pelo empenho deles, mas também pelo trabalho da nossa empresa. É muito gratificante ver os árbitros desempenhando suas atividades em alto nível nas competições daqui e pelo mundo afora.
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