Às vésperas de mais uma Copa do Mundo estamos vendo um verdadeiro exagero, que beira a injustiça, contra o árbitro Ramon Abatti Abel. O catarinense sofreu uma dupla punição imposta pela CBF e STJD, que dura mais de quatro meses. O motivo foi o erro cometido na partida entre São Paulo e Palmeiras, pelo Brasileirão, quando deixou de marcar um pênalti a favor do Tricolor Paulista. Convenhamos, erros desse tipo foram comuns na última edição do campeonato e que nenhum outro árbitro foi punido.
Juiz promissor e com carreira internacional de ótimo desempenho, Ramon, apesar de novo, já tem uma carreira consolidada. Sua primeira atuação internacional foi na Copa do Mundo Fifa Sub-20, em 2023. Em agosto daquele mesmo ano foi escolhido para apitar uma partida do Campeonato Saudita de Futebol. Em 2024, Ramon foi selecionado como um dos árbitros brasileiros nas Olimpíadas de Paris, onde apitou três partidas, incluindo a decisão da medalha de ouro entre França e Espanha.
Abel também atuou no Mundial de Clubes Fifa, neste ano de 2025, nos Estados Unidos. Em uma das partidas, entre Real Madrid e Pachuca, disputada no dia 22 de junho, Abel acionou o protocolo antirracismo, após uma discussão entre Rudiger e Gustavo Cabral, nos minutos finais do jogo. O catarinense teve atuação destacada na competição e é um dos árbitros brasileiros pré-selecionados para a próxima Copa do Mundo.
Em um país onde o “efeito suspensivo” permite que jogadores envolvidos com suspeita de crimes joguem normalmente, essa suspensão pode interromper a carreira do Ramon. Além disso, a punição soa como escárnio e enorme falta de representatividade de uma categoria que agoniza entre polêmicas e falta de direção. Aliás, representatividade composta por duas entidades que para nada servem além de atuar em benefício próprio. Que Ramon mantenha-se firme em 2026 e volte a brilhar, apesar de tudo e de todos.
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