O governador Renato Casagrande avalia que não pode ser considerado normal o número de vidas perdidas durante a megaoperação realizada no Rio, contra o Comando Vermelho. A reflexão foi feita em seu discurso na cerimônia de entrega do Prêmio Humaniza, na tarde desta quarta-feira (29), no Palácio Anchieta.
“Não é normal que em uma operação policial mais de 130 pessoas percam a vida”, assinalou, voltando a reafirmar: “Não é normal isso”.
Os números foram arredondados pelo chefe do Executivo estadual, considerando que, até o início da noite desta quarta-feira (29), a quantidade de mortos nos complexos do Alemão e da Penha, Zona Norte do Rio onde ocorreu a operação, chegou a 121.
Diante da gravidade dos fatos, o governador apontou para a necessidade de uma investigação a ser feita pelo Ministério Público e pelas próprias forças de segurança do Rio de Janeiro. "Alguma coisa precisa ser apurada, investigada, analisada”.
E completou: “Trabalho que o MP do Rio vai ter que fazer, de investigação, de apuração, para saber de fato o que aconteceu, para a gente poder ter clareza naquilo que nós estamos vendo, as cenas que a gente está vendo lá no Rio de Janeiro”, disse, observando que cabe ao órgão ministerial o papel de atuar como controle externo das forças de segurança.
Embora tenha afirmado que não lhe cabia fazer uma avaliação da operação policial ou um julgamento sobre como ela foi planejada, Casagrande expressou preocupação com o seu resultado.
“É muito difícil você não fazer uma análise e uma reflexão com o saldo de tantas pessoas que perderam a vida em uma única operação”, disse, observando que a situação no Rio de Janeiro sinaliza que o Brasil ainda possui muitos desafios.
"Mas no Espírito Santo a gente tem dado passos. A gente tem desafios ainda, mas nós temos dado passos importantes em direção à justiça e que a gente possa continuar nesse trabalho", concluiu.
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