Um advogado de Minas Gerais teve a sua prisão preventiva decretada pela Justiça de Guarapari sob acusações de ameaçar e injuriar quatro mulheres, incluindo a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES), Érica Neves, e a presidente da 4ª Subseção da Ordem, Mônica Goulart.
Eduardo Santos Simões de Almeida chegou a ser preso em flagrante e foi liberado após pagar R$ 20 mil de fiança e com as chamadas medidas cautelares diversas da prisão, que ele descumpriu.
Na decisão do Juízo da 2ª Vara Criminal de Guarapari é dito que o advogado apresentou informações contraditórias sobre sua residência — ora afirmando morar em Linhares, ora em Aimorés — e não foi localizado para citação nem no Espírito Santo nem em Minas Gerais.
E ainda retornou às proximidades do local dos fatos, a cerca de 300 metros do estabelecimento onde ocorreram os crimes. “Comportamento que deveras violou frontalmente determinação judicial e gerou insegurança à vítima”, é dito na decisão.
O mandado de prisão já foi expedido, mas ele ainda não foi localizado.
Captação irregular
Os fatos envolvendo o advogado ocorreram em 10 de maio deste ano, após uma confusão com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES) durante uma reunião com atingidos pela tragédia de Mariana, em Guarapari.
Em denúncia do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), já aceita, é relatado que Eduardo organizou um evento na quadra de uma escola no bairro Itapebussu, onde reuniu cerca de 500 pessoas com estrutura montada para atendimento jurídico. Mas ele não tem autorização para atuar no Estado.
Ao ser abordado por quatro integrantes da OAB-ES, ele teria reagido agressivamente. Além das ofensas verbais, há acusações de publicação de um vídeo em rede social xingando uma das vítimas e desafiando-a de forma intimidatória. Ele também teria cuspido e proferido xingamentos contra outras duas advogadas durante o trajeto ao DPJ.
A defesa de Eduardo Santos Simões de Almeida não foi localizada, mas o espaço segue aberto à manifestação.
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