Um investigador da Polícia Civil está entre os que foram detidos na “Operação Recepa”, realizada na manhã desta quinta-feira (27) no Norte do Espírito Santo. Estão sendo cumpridos 16 mandados de prisão e 34 de busca e apreensão relacionados a um suposto esquema de fraude tributária e lavagem de dinheiro no setor de café.
Walace Simonassi Borges estava lotado em Marilândia. Sua prisão preventiva foi autorizada pela 3ª Vara Criminal de Linhares, por crimes contra a ordem econômica (Lei 8.137). Ainda não há informações sobre qual seria a participação dele no suposto esquema.
Por nota a Polícia Civil informou que além do mandado de prisão, o policial também foi alvo de mandado de busca e apreensão. “A Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Espírito Santo (CGPC) está participando da operação em apoio ao MPES, especificamente no cumprimento dos mandados que envolvem o referido policial civil”.
Acrescentou ainda que as investigações criminais permanecem sob a condução do Ministério Público do Espírito Santo, mas que a Corregedoria vai instaurar procedimento administrativo disciplinar. “Para apuração da responsabilidade do policial no âmbito interno”.
O que diz a defesa
O advogado Pedro Lozer Pacheco faz a defesa do policial. Ele informa que, no momento oportuno, “demonstrará que o investigado não possui qualquer participação no fato criminoso”.
“Até o presente momento, não existe elemento concreto que desabone sua conduta funcional ou sua reputação profissional, sendo importante destacar que o procedimento encontra-se em fase inicial, sustentado exclusivamente por versões unilaterais, ainda não submetidas ao crivo técnico da defesa”, disse Lozer.
Acrescenta que com o andar das investigações será possível comprovar que não há envolvimento do policial com os fatos investigados. “Ao longo de sua carreira ele se dedicou aos princípios da legalidade, ética e serviço público.
Operação
A ação foi realizada no Estado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES), por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf), com apoio do Gaeco, pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e pela Delegacia da Receita Federal em Vitória.
Houve ainda apoio dos Ministérios Públicos de Sergipe e de Minas Gerais. Conforme apurado por A Gazeta, um alvo de prisão já foi localizado em Aracaju (SE), com atuação do Gaeco, do Batalhão de Rádio Patrulha (RP) da Polícia Militar de Sergipe e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsáveis pela coleta de documentos, dispositivos eletrônicos e demais materiais de interesse investigativo.
*O texto contou com a participação do jornalista Vinicius Zagoto.
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