Foi preso na manhã desta quinta-feira (31) um conhecido criminoso do Espírito Santo, que estava foragido há cerca de sete meses. José Antônio Marim Nogueira, conhecido como Toninho Pavão, foi localizado pela Polícia Penal enquanto trabalhava em uma siderúrgica localizada na Serra. A informação é de que ele não reagiu à prisão.
A operação de recaptura foi realizada pela equipe da Divisão de Inteligência da Polícia Penal, com o apoio da Subsecretaria de Inteligência Prisional (SIP). As equipes vinham monitorando o criminoso e conseguiram rastrear sua localização. “A abordagem ocorreu de forma rápida e precisa, sem reação por parte do foragido”, informou, por nota, a Polícia Penal do Espírito Santo (PPES).
Pavão havia sido preso em outubro do ano passado em uma operação da Polícia Federal, suspeito de negociar drogas para o Primeiro Comando da Capital, o PCC, no Espírito Santo. Na ocasião, ele foi detido em um hospital quando fazia exames e se preparava para realizar uma cirurgia.
Na ocasião, foi levado para a Penitenciária de Segurança Máxima 2, no Complexo de Viana. Em dezembro ele conseguiu autorização da Justiça para ir a Minas Gerais tratar de um problema familiar, devendo retornar ao presídio em 23 de janeiro deste ano, o que não ocorreu.
Contra ele havia dois mandados de prisão, um deles expedido na metade de dezembro do ano passado, com data anterior a autorização para a viagem.
Histórico na criminalidade
Ao longo das últimas duas décadas, Pavão protagonizou inúmeras ações na criminalidade e chegou a ser apontado na lista dos mais perigosos do Estado. Confira algumas delas:
- Prisão - Em 2000 ele foi preso suspeito de liderar uma quadrilha de tráfico de drogas que tinha ligações fora do Estado e até fora do país. O bando trazia as substâncias de Rondônia e fabricava as drogas em grande quantidade em um laboratório em Putiri, na Serra.
- Fuga cinematográfica - Em 2003, ele fugiu do presídio de segurança máxima de Viana pela porta da frente vestido de mulher, atravessando oito portões fechados com cadeados e não arrombou nenhum deles. Toninho saiu do Estado em um avião roubado. Dezenove supervisores que trabalhavam no presídio no dia da fuga foram exonerados.
- Recaptura - Ele foi recapturado em dezembro de 2004, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Investigações da Polícia Federal mostraram que Pavão e a quadrilha dele assaltaram cerca de 100 bancos no Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais e Bahia. À época, foi estimado que a quadrilha movimentava mensalmente cerca de 1,5 tonelada de maconha, comprada na fronteira do Paraguai.
- Ordem para matar por telefone - Em 2006, segundo a Justiça, Toninho deu a ordem de execução de um casal de dentro do presídio de Segurança Máxima de Viana. Era uma cobrança de dívida de R$ 70 mil.
- Presídio federal - após a morte do casal ele foi transferido, junto com outros presos de alta periculosidade para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Depois, foi para o Presídio Federal de Rondônia, onde ficou até voltar para o Espírito Santo.
- Saidinha - Ele foi para o regime de prisão semiaberto em 2018 e, três anos depois, foi contemplado com a saidinha. Retornou ao presídio uma semana depois.
- Liberdade - Em agosto de 2022 ele conseguiu a progressão de regime, podendo cumprir o restante de sua pena em liberdade. Foi detido no dia 10 de outubro de 2024.
- Nova prisão - Em 10 de outubro do ano passado ele voltou a ser detido pela Polícia Federal por suspeito de negociar drogas para o Primeiro Comando da Capital, o PCC, no Espírito Santo.
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