Vagner Benezath é relações públicas. Vidrado em café e na cultura que envolve sua cadeia produtiva, trabalha há mais de 10 anos com a bebida, atuando como barista, consultor e torrefador

Café gelado também é uma boa pedida no verão; veja dicas

Frappuccino, cold brew e espresso tônica: com a chegada da estação mais quente do ano, vamos destrinchar as versões mais comuns nas cafeterias

Publicado em 25/12/2019 às 10h00
Atualizado em 27/03/2020 às 17h32
Cold brew, café extraído a frio . Crédito: Roberto Barros/Divulgação
Cold brew, café extraído a frio . Crédito: Roberto Barros/Divulgação

Chegamos à estação mais quente do ano, e bota quente nisso! Enquanto você lê esta coluna, possivelmente o sol está de rachar e a temperatura acima dos 30ºC. Então, como manter os níveis de cafeína necessários em nosso corpo tão habituado a ela sem sofrer? Para te mostrar que há vida para o café também durante o verão, vamos destrinchar os cafés gelados mais comuns nas cafeterias.

Historicamente, consome-se café no Brasil por meio da extração em método de filtragem, com água fervendo, e muita gente não abre mão de que seja assim. Mas por que não provar a bebida de uma nova forma, já que o calor pede bebidas refrescantes?

Frappuccino, bebida gelada à base de café, leite e chantilly. Crédito: Roberto Barros/Divulgação
Frappuccino, bebida gelada à base de café, leite e chantilly. Crédito: Roberto Barros/Divulgação

A alternativa gelada mais comum nas cafeterias é o frappuccino, feito com café espresso, leite, gelo e sorvete de baunilha – ou creme. Essa é uma receita de sucesso entre os jovens, pois além do sabor de café, sua junção ao sorvete entrega uma bebida bem doce.

Partindo para as novas tendências e experimentações, os cafés gelados evoluíram bastante por aqui, seguindo uma onda mundial de consumo, como a forma de extração chamada de cold brew, que além de ser um café servido gelado, não tem contato com água quente. Diferente, não?

Cold brew . Crédito: Roberto Barros/Divulgação
Cold brew . Crédito: Roberto Barros/Divulgação

Esse processo resulta em um café com menos acidez e óleos, que são extraídos principalmente nas temperaturas altas. Para compensar essa ausência, aumenta-se o tempo de contato da água, com duração entre 12 e 36 horas, em temperatura ambiente ou mesmo dentro da geladeira. No fim, temos uma bebida delicada e licorosa, cheia de sabor.

Há diversas marcas e processos diferentes no mercado para extração unicamente de cold brew, como a Toddy e a Hario Mizudashi. Mas podemos deixar nosso café (com moagem grossa) na água em temperatura ambiente dentro de uma prensa francesa ou mesmo em uma garrafa de vidro, e após algumas horas, filtrá-lo em um coador tradicional ou em um chinois (peneira em forma de cone, com malha extremamente fina).

Muito comum nos mercados de Estados Unidos, Japão e Inglaterra, o cold brew já pode ser comprado envasado em supermercados desses países, com diversas marcas. Por aqui encontramos, além do precursor True Coffee (SP), Américo (MG), Academia do Café (MG), Passo Preto (MG), Hop & Cold (ES), Animali (SP), e mais algumas poucas marcas, mas apenas em casas especializadas e próximas de seu Estado de origem.

Espresso tônica. Crédito: Roberto Barros/Divulgação
Espresso tônica. Crédito: Roberto Barros/Divulgação

Queridinho dos consumidores de cafés gelados e item imprescindível no cardápio das boas cafeterias, o espresso tônica é uma bebida simples e deliciosa para o verão. Com receita pequena (café espresso, água tônica e gelo), ela tem sido reproduzida aos montes nos últimos anos, e já começam a surgir variações, como as versões com suco de maracujá (vide a Maracujá Tônica do barista João Ribeiro, da Tulha Cafeteria), as tônicas saborizadas e também as alcoólicas, feitas em sua maioria com gim.

Quando for provar, misture bem e beba aos poucos, para ter uma experiência completa de sabor. Na medida em que o café vai se misturando ao restante do líquido, as sensações mudam. Experimente essas receitas ou procure por elas nas cafeterias que você gosta. Aposto que irá se surpreender com os novos sabores e texturas. Bom café!

Maracujá tônica. Crédito: João Ribeiro/Divulgação
Maracujá tônica. Crédito: João Ribeiro/Divulgação

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