Thiago é pós-doutor em Farmacologia, professor/pesquisador da Universidade Vila Velha (Medicina e Ciências Farmacêuticas) e autor do perfil @farmaconaprática no insta e do canal do Youtube "Farmacologia na Prática". Nesse espaço trataremos de saúde, medicamentos e suas aplicações

Você se automedica? Coluna vai falar sobre os perigos da automedicação

O farmacêutico Thiago de Melo explica o perigo do uso irracional de medicamentos e chama a atenção sobre a importância de buscar orientação médica ou farmacêutica antes de tomar um remédio

Vitória
Publicado em 01/08/2023 às 13h51

Você é do time que gosta de se automedicar? Se você disse sim, está entre os 85% da população brasileira que se arrisca, sem consultar profissionais da área da saúde, ao utilizar medicamentos por conta própria. Muita gente, no entanto, não sabe que essa prática pode trazer consequências muito sérias para a saúde. É fundamental alertar sobre o perigo do uso irracional de medicamentos e conscientizar a sociedade sobre a importância de buscar orientação médica ou farmacêutica. Dessa forma, podemos diminuir bastante o número de internações desnecessárias e evitar diversas complicações (e até mortes!)

Infelizmente, a automedicação é uma prática comum em nosso país. Porém, devemos nos questionar: por que tantas pessoas se expõem a esse risco? Vejo que a busca desenfreada por soluções rápidas somada à facilidade de acesso aos medicamentos podem ser importantes “ingredientes desse bolo”. No entanto, é preciso entender que cada organismo é único e reage de formas distintas aos fármacos. O uso indiscriminado de anti-inflamatórios, por exemplo, pode desencadear um aumento na pressão arterial, colocando em risco a saúde cardiovascular. Já os corticóides, quando utilizados sem orientação adequada, podem prejudicar o controle da glicose no sangue em pessoas com diabetes, levando a complicações mais graves.

Os exemplos citados são apenas a ponta do iceberg quando se trata de complicações causadas pela automedicação. Existe também o perigo de interações medicamentosas desconhecidas e a possibilidade de mascarar sintomas de doenças subjacentes, retardando o diagnóstico correto. Portanto, friso que o uso de medicamentos deve ser acompanhado por profissionais capacitados (como médicos e farmacêuticos) que possuem conhecimento técnico para avaliar cada caso individualmente e prescrever a terapia mais adequada.

Em tempos modernos, com acesso fácil a informações na palma das mãos, é importante utilizar a tecnologia de forma consciente. A internet jamais pode substituir uma consulta médica ou farmacêutica especializada. O autodiagnóstico e a automedicação podem ter consequências sérias para a saúde. Portanto, faça uma reflexão sobre a sua atitude em relação aos medicamentos. Procure sempre a orientação de profissionais de saúde qualificados, que poderão indicar a melhor abordagem terapêutica para o seu caso específico. Sua saúde é valiosa demais para ser arriscada pela imprudência.

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