Em meio a enchentes históricas, secas prolongadas e pressão crescente sobre reservatórios e bacias hidrográficas, o XXVI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos — que acontece deste domingo (23 a 28/11) no Pavilhão de Carapina, na Serra — retorna ao Espírito Santo reunindo os principais agentes responsáveis por pensar e transformar a agenda hídrica do país. Maior encontro do setor na América Latina, o evento evidencia a urgência do tema e o peso das soluções em discussão.
A edição capixaba reúne desde referências globais, como Itaipu Binacional e Vale, até instituições técnicas e empresas de inovação ambiental. A diversidade dos expositores reflete a complexidade dos desafios hídricos brasileiros, da geração de energia à preservação ambiental, da gestão de bacias ao desenvolvimento de tecnologias para monitoramento e prevenção de riscos.
Diante do avanço dos eventos climáticos extremos, a presença de nomes como Itaipu, Vale, ONS, comitês de bacia, universidades e startups torna o encontro estratégico. O simpósio aproxima quem produz conhecimento, regula, fiscaliza, depende da água para gerar energia ou desenvolver atividades produtivas e quem cria soluções tecnológicas para ampliar resiliência e segurança hídrica no país.
Entre os destaques, Itaipu Binacional apresenta seus programas de monitoramento ambiental, manejo integrado e conservação do reservatório, um modelo de gestão reconhecido mundialmente. A Vale leva projetos de segurança hídrica, gestão de bacias e monitoramento de barragens. Já o ONS apresenta sua atuação na operação do sistema elétrico nacional, altamente dependente da gestão eficiente da água, responsável por cerca de 60% a 70% da energia gerada no Brasil.
A exposição também contará com instituições essenciais da governança da água, como o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba, além de empresas de tecnologia como ClickGeo, DualBase e FLO-2D, que trazem soluções de capacitação, análise ambiental e modelagem hidrodinâmica. Entre as empresas de engenharia e meio ambiente, participam a HRA e a Hobeco. No campo acadêmico, o Labmar apresenta estudos em geociências e dinâmicas costeiras. A Mútua encerra o conjunto de expositores com serviços de apoio aos profissionais do Sistema Confea/Crea.
Para o presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos, Alexandre Kepler Soares, a diversidade de instituições reforça o caráter estratégico do simpósio.
Alexandre Kepler Soares
presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos
"Ao reunir empresas, órgãos públicos e centros de pesquisa ligados à segurança hídrica, inovação e gestão ambiental, o evento se consolida como articulador nacional. O debate sobre água é transversal e exige integração e responsabilidade coletiva".
O simpósio é promovido pela Associação Brasileira de Recursos Hídricos, com apoio da Secretaria de Recuperação do Rio Doce, do Governo do Espírito Santo, e patrocínio de Cesan, Vale, CNPq, Itaipu Binacional, CBH Paranaíba, FLO-2D, ONS e DualBase.
A iniciativa conta ainda com o apoio de entidades e instituições como Abcon Sindcon, Abema, Abes, BGE, ABMGeo, Abrage, Aesabesp, Aesas, Agerh, Apac, Apea-ES, Instituto Jones dos Santos Neves, Let’s Atlantica, Rebob, UFES, UFF, UFMG, UFPR, UFRGS, UFRN, UFSM, Unicamp, UnB, ANA e Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.
