“Conectando Pessoas, Tecnologias e Negócios do Futuro”. Com este tema, a edição 2025 do InsightES colocou em evidência temas como inteligência artificial, cultura empreendedora, blockchain e marketing de influência. Um dos maiores encontros de inovação do Estado, o evento teve três dias de palestras, painéis e debates, envolvendo diversos especialistas e representantes de startups, grandes empresas e poder público.
O diretor de Inovação e Novos Negócios da Rede Gazeta, Eduardo Lindenberg, destacou que o InsightES nasceu como um projeto interno, que tinha por objetivo fomentar curiosidade, consolidar conceitos e comportamento empreendedor.
“Deu tão certo que abrimos para o público, e ao longo dos últimos anos tivemos apoio de grandes empresas e instituições públicas que, como nós, acreditam que essa formação e cultura voltada para o pensamento inovador são fundamentais para o futuro do nosso estado”, afirmou.
O Espírito Santo, inclusive, tem se mostrado um campo fértil para a inovação, com a chegada de grandes investimentos e empresas que têm somado à economia capixaba e causado transformações importantes.
Segundo o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional do Espírito Santo, Bruno Lamas, o Estado conta com estabilidade jurídica, econômica, política e fiscal, além de muitos empreendedores talentosos e inovadores. Por isso, ele destacou que fomentar a inovação no cenário capixaba é essencial para projetar o Espírito Santo e seus talentos para o mercado a nível mundial.
“Nós queremos posicionar o Espírito Santo entre os cinco estados mais inovadores do Brasil, falando de transformação digital, inovação social e financiamento. A inovação é tecnológica, social e, acima de tudo, feita por pessoas e para pessoas. E se nós não fomentarmos a inovação tecnológica, corremos o risco, neste mundo globalizado, de perder a capacidade produtiva do Estado”, pontuou.
Para o secretário, um exemplo da importância e dos impactos de promover um ambiente de inovação são as startups capixabas que ganharam destaque nacional, como Wine e Picpay, por exemplo. Além disso, empresas de grande porte instaladas no Estado também têm buscado fomentar uma cultura inovadora, por meio de parcerias estratégicas e programas com este foco.
Uma dessas empresas é a ArcelorMittal, que conta com um laboratório de Inovação Digital, o iNO.VC, voltado para o segmento de aços planos no Brasil. A iniciativa tem como objetivo cultivar a inovação em diversas áreas da operação, promovendo melhorias tanto no dia a dia dos funcionários e na eficiência da produção quanto nos impactos da empresa para a sociedade.
Segundo o gerente geral de Tecnologia da Informação, Automação e Transformação Digital da ArcelorMittal, Robson Moyzés, o processo de transformação digital se torna possível, em grande parte, graças às conexões da ArcelorMittal com outras empresas e iniciativas do mercado capixaba.
“Quando resolvemos lançar o iNO.VC, a gente se abriu para o ecossistema de inovação capixaba, para podermos buscar formas diferentes de pensar. Porque, quando você está inserido dentro de um processo, você tem sua forma de pensar única e, às vezes, se fecha para oportunidade do novo, mas quando você conversa com outras pessoas, que têm uma diversidade incrível de ideias, você pode ter insights interessantes", destacou.
Cultura de Inovação
Um dos maiores objetivos do InsightES, segundo Eduardo Lindenberg, é democratizar conhecimento que seja útil, que eleve e inspire o potencial de quem acompanha o evento, por meio de uma pluralidade de visões e na desmistificação de assuntos complexos.
Com isso em mente, o consultor Eduardo Carmello, que levou para o palco a palestra “Como liderar uma Cultura de Inovação", reiterou a importância de capacitar colaboradores e gestores para a inovação.
“Em síntese, quando você tem uma cultura de inovação dentro do seu próprio ambiente de trabalho, nas suas 40 horas semanais, você tem espaços para desenvolver projetos de inovação que vão gerar valor para o cliente ou para a empresa. E isso é, também, um processo que depende da conexão entre empresas e áreas diferentes", comentou.
De forma complementar, o diretor técnico do Sebrae-ES, Eurípedes Pedrinha, ressaltou que é importante que os líderes e empreendedores têm que estar buscando ativamente falar com o mercado e fazer conexões.
“Inovação e boas ideias vêm de conexões, cada vez que você coloca diferentes representantes do setor para conversarem, sai um ‘choquinho’. Conectar e confrontar as ideias faz com que elas melhorem e se multipliquem”, pontuou.
Marketing de influência
Outro assunto tratado durante o evento foi o marketing de influência, tema central do painel “Economia da Influência: tendências e oportunidades”, que contou com a participação de Mariana Lima, gerente da VIU, agência de influenciadores da Globo em São Paulo.
“O mercado de marketing de influência está mudando a comunicação já faz cerca de 10 anos. A gente está vendo um movimento crescente de tirar essa hegemonia de quem manda no conteúdo e ele tem se tornado algo mais orgânico", disse Mariana.
Segundo a gerente da VIU, inovar, para este mercado, é ouvir a própria criatividade, colocar isso em prática e não apenas replicar novos formatos.
“Claro, replicar aqui e ali pode ser bom para você conseguir ter um pouco mais de aderência, até porque o algoritmo funciona dessa forma, mas segue a sua criatividade, olha para a sua forma de construir e como você quer se comunicar, porque a autenticidade está acima de tudo no mercado de marketing de influência", declarou.
O mediador do painel e coordenador de Creators e Audiovisual do Estúdio Gazeta, Philipe Ferreira, destacou que o Espírito Santo está bem posicionado neste mercado, ainda que não tenha o mesmo volume de estados como São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo.
“O nosso estado se destaca pela autenticidade, engajamento real e conexão regional dos criadores com o público. Essa combinação torna os creators capixabas altamente relevantes para marcas que buscam narrativas genuínas e resultados consistentes", explicou.
Para ele, discutir inovação na Economia da Influência é essencial, por ser um mercado em constante evolução, guiado por tecnologia, comportamento e criatividade.
“A influência digital trouxe inovações como o uso de dados e inteligência artificial na criação e mensuração de campanhas, trazendo mais profissionalização para o mercado e agilidade na produção de conteúdo. Além disso, o marketing de influência tem sido um laboratório vivo para novos formatos narrativos e novas formas de relacionamento entre pessoas e marcas”, ressaltou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.
