
Podcast, videocast, materiais educativos e um documentário com estreia prevista para 2026. "O Plástico Ilhado em Nós" é um projeto transmídia em várias telas para provocar uma conversa urgente: como a poluição plástica, invisível a olho nu, já está impactando ecossistemas inteiros — e também a nossa saúde.
A narrativa parte da Ilha da Trindade, a 1.200 km do litoral do Espírito Santo (onde não existe nem turismo, nem comércio), mas o plástico chega mesmo assim. Levado por correntes oceânicas, garrafas, redes de pesca e microplásticos tornam a ilha símbolo da crise ambiental silenciosa que atinge até os cantos mais preservados do planeta.
Dirigido pelo jornalista Emerson Cabral, o documentário é o eixo central da iniciativa e combina ciência, jornalismo e arte para dar forma a uma história contada em múltiplas frentes. O projeto conta com depoimentos de especialistas do Brasil e do mundo, e uma equipe multidisciplinar, como a jornalista e professora da UFES Flávia Delgado, na produção executiva e coordenação de comunicação; o diretor de fotografia Secundo Rezende, da Zoom Filmes; e o cinegrafista e mergulhador Vitor Barbosa, que assina imagens subaquáticas e aéreas.

A gravação vai acontecer em mais de 20 locações — do Brasil à Malásia, passando por Gana, França, Dinamarca e outros países. O filme mergulha em estudos científicos que identificam microplásticos nos pulmões humanos, em cérebros, corais, aves e tartarugas, ao mesmo tempo que apresenta soluções criativas e sustentáveis, desenvolvidas mundo afora.
Com apoio da Marinha do Brasil, do ICMBio e de universidades brasileiras, o projeto ainda conta com o interesse do maestro Alexandre Guerra, conhecido por trilhas de cinema e TV, em compor a trilha sonora original.
A ideia é impactar diferentes públicos com exibições em escolas, universidades, festivais e plataformas digitais. Um chamado à consciência coletiva — vindo do meio do Atlântico direto para dentro de casa.



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