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Após se encontrar com ex-presidente, Rose diz que apoiaria Lula

A senadora também esteve com Michel Temer, mas avalia que é tarde demais para o correligionário se lançar a presidente. Ela trouxe Simone Tebet, a pré-candidata oficial do MDB, ao ES há poucos dias

Vitória
Publicado em 20/07/2022 às 13h00
Senadora Rose de Freitas participa de reunião com lideranças do MDB, entre elas o ex-presidente Michel Temer
Senadora Rose de Freitas participa de reunião com lideranças do MDB, entre elas o ex-presidente Michel Temer. Crédito: Deslange Paiva/G1

A senadora Rose de Freitas (MDB) participa de uma maratona de reuniões com caciques nacionais do próprio partido. Uma ala do MDB defende o apoio ao petista já no primeiro turno. Outra, que seja mantido o nome da senadora do Mato Grosso do Sul, Simone Tebet (MDB), e já há quem queira até a candidatura do ex-presidente emedebista Michel Temer.

Rose esteve com Lula e Temer. Trouxe Tebet ao Espírito Santo na última sexta-feira (15) e elogiou a correligionária publicamente, mas disse à coluna, nesta quarta-feira (20), que avisou a ela que se encontraria na segunda-feira seguinte (18) com outras lideranças em São Paulo.

A pré-candidata do MDB marcou 1% das intenções de voto no último Datafolha. Lula é o líder nas pesquisas e sempre contou com a simpatia do pessoal do MDB do Nordeste. Na terça (19), Rose compareceu ao escritório de Temer. Lá a principal discussão foi sobre adiar a convenção nacional do partido, marcada para o dia 27, e realizar o encontro somente no último dia permitido pela legislação eleitoral, 5 de agosto.

Até lá, há quem vislumbre a possibilidade de trocar o nome na cabeça de chapa, substituindo Tebet por Temer. Rose, no entanto, avalia que é tarde demais:

"Não tem sentido a uma semana da convenção ... Michel poderia ter sido (escolhido pré-candidato) lá atrás, ele estava à disposição. Agora, chamar ele na última hora? Ele pode passar a responsável por Bolsonaro vencer, olha que loucura, ou levar o Lula a ter que disputar um segundo turno".

"Estamos discutindo a viabilidade de uma candidatura (a de Simone Tebet) e aí pegamos um outro nome em exíguo tempo?", questionou.

A "solução Temer" não deve empolgar muito. O ex-presidente deixou o governo com 7% de aprovação e até os aliados dele lembram disso. Por outro lado, um terço dos diretórios do MDB já está com Lula.

Rose evita se comprometer. Diz apenas que, se o partido decidir caminhar com o petista, ela mesma também vai apoiá-lo. "Lógico, se for essa a posição do partido", afirmou.

Como a coluna mostrou, a senadora do Espírito Santo esteve com Lula três dias após ser a anfitriã de Tebet em Vitória, mas avalia que chamar a atenção para o tempo decorrido "é um absurdo". "Por que conversei com uma pessoa, não posso conversar com outra? E quando ela esteve no Espírito Santo ela sabia que eu estaria na reunião em São Paulo, eu falei com ela antes", ponderou Rose.

Após o encontro, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) disse que lideranças do partido de 11 estados, incluindo a parlamentar do Espírito Santo, defendiam o apoio a Lula já no primeiro turno.

Já a reunião com Temer tratou, principalmente, do adiamento da convenção nacional e do incômodo com o fato de ela ocorrer apenas virtualmente. "O partido nunca fez uma convenção remota e isso causou incômodo a muitas pessoas", resumiu Rose.

O MDB está dividido, não apenas quanto ao formato e a data da convenção, na qual deve ser batido o martelo sobre o destino do paritdo nas eleições deste ano. O racha na legenda, em meio às ameaças ao sistema eleitoral e à democracia perpretadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda segundo a senadora, é o pior dos cenários.

ENQUANTO ISSO, NO ESPÍRITO SANTO

Rose vai ser apoiada pelo governador Renato Casagrande (PSB), e vice-versa, na disputa pela reeleição. Falta apenas o anúncio oficial. O socialista já declarou que vai fazer campanha para Lula. Rose, por sua vez, não vê nenhum problema no fato de o PT integrar a coligação do governador.

O mesmo disse Simone Tebet, em Vitória, na última sexta-feira. Aliás, partiu dela a confirmação de que o MDB está no palanque de Casagrande.

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