A coluna trará uma análise do mercado imobiliário, com tendências do segmento, panorama, dicas e orientações. Tem como público-alvo principal o cliente que compra o imóvel, seja para morar ou investir, quem mora de aluguel, quem aluga, quem deseja vender o próprio imóvel, trocar. Ou seja, munir esses leitores de informação para ajudá-los a tomar decisões e fazer bons negócios

O mercado imobiliário e seus novos aliados

Para o setor imobiliário, o chamado “Open Banking” pode significar mais um impulso nas vendas, com ganhos para todos os envolvidos

Vitória
Publicado em 01/09/2021 às 01h59
O Open Banking consiste em um conjunto de regras e tecnologias que permitirão que dados, produtos e serviços financeiros dos clientes sejam compartilhados com outras instituições por meio da integração dos dados no sistema.
Business concept with copy space. Office desk table with pen focus and analysis chart, computer, notebook, cup of coffee on desk.Vintage tone Retro filter, selective focus. Crédito: Mindandi/Freepik

O mercado financeiro passará em breve por uma revolução que promete aumentar a competição entre os bancos, diminuir custos e, principalmente, baratear as principais linhas de financiamento. Para o setor imobiliário, o chamado “Open Banking” pode significar mais um impulso nas vendas, com ganhos para todos os envolvidos. Os clientes terão juros mais baratos, os corretores farão mais negócios e os bancos ampliarão suas carteiras de crédito.

O Open Banking (banco aberto, em inglês) consiste em um conjunto de regras e tecnologias que permitirão que dados, produtos e serviços financeiros dos clientes sejam compartilhados com outras instituições por meio da integração dos dados no sistema. Em outras palavras, com o Open Banking quebra-se o monopólio dessas informações, pois os clientes terão controle sobre os seus dados e poderão compartilhá-los com quem achar que deva compartilhar. Ou seja, com a instituição financeira que melhor oferecer oportunidades e benefícios de pacotes de serviços ou produtos.

O maior desejo do Open Banking é que o cliente tenha controle das suas informações, que tenha autonomia para escolher quando e como quer usar esses dados e com qual instituição participante deseja compartilhar. Lembre-se de que será obrigatório uma manifestação favorável do cliente, junto às empresas que possuem as informações.

E isso afetará positivamente o mercado imobiliário, que ainda vive um cenário de poucas tomadas de decisões orientadas a dados. Ocorre um “resguardo” muito forte dessas informações por parte das empresas e dos profissionais, pela segurança desses dados. “O dado é meu, não compartilho com mais ninguém”, acredito até que seja por medo da concorrência. Entenda de uma vez por todas: esse dado não é seu, é do cliente.

Em uma perspectiva onde somente a instituição financeira X conhecia seus dados, hoje, com esse novo comportamento, com essa quebra de monopólio, o seu cliente poderá receber ofertas de produtos e serviços de tudo que você possa imaginar, de outras instituições, sendo o principal, o crédito. As instituições financeiras estão preparadas para ampliar sua visão para novas perspectivas e possibilidades no mercado financeiro, e este ano foi dada a largada.

A primeira etapa foi a padronização das informações, se não padroniza, não tem como comparar.

A segunda aconteceu agora no mês de agosto, quando os clientes começaram a autorizar o compartilhamento dos seus dados com todo sistema. Na virada de agosto para setembro os bancos poderão começar oferecer crédito e, até o final do ano, será a grande cartada: eles poderão oferecer qualquer produto financeiro (câmbio, dólar, ações) que tenha uma taxa mais atraente para o cliente.

A ideia dessa quebra de monopólio é aumentar a concorrência e você pagar menos. O mercado imobiliário será impactado, como se percebe neste exemplo simples: eu tenho um crédito imobiliário em um banco X que me cobra 10% ao ano. O banco Y vai enxergar uma possibilidade e dizer: eu quero te oferecer o mesmo crédito para o mesmo imóvel por uma taxa de 8% ao ano.

As imobiliárias agora, mais do que nunca, precisam ganhar na corrida. Você ser o dono dos dados não fará de você o melhor, não te dará exclusividade e segurança, o seu diferencial será na prestação de serviço, no atendimento. Agora é: entender para atender para depois vender. Ser único para o seu cliente e não o melhor.

Na virada de chave, o Mercado 5.0 do incluir e conectar nunca se fez tão necessário, agora não é mais atrair novos clientes e sim a retenção dos clientes pela relação de confiança. O banco virou ativo, as instituições financeiras vão até ao cliente.

Fim dos segredos, todos sabem o valor que todos pagam. É preciso se preparar para esse momento, caso contrário, você estará bem atrasado. Comece a se mexer.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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