
A cada dia que passa, o Vasco mostra que é a sombra do que um dia já foi. Na coleção de vexames que o clube vem acumulando nos últimos anos, o Cruz-Maltino desbloqueou um novo nível de humilhação: foi goleado por 4 a 1 pelo Puerto Cabello, pela Sul-Americana, na noite desta quarta-feira (7), no estádio Misael Delgado, em Valência, na Venezuela.
Pior que a derrota pelo placar elástico é como a equipe se comporta em campo. Sem futebol, sem dignidade e sem perspectiva. Diante de um time que tinha feito apenas dois gols na competição até o momento, o Vasco viu sua rede ser estufada quatro vezes. Levou gol atrás de gol e parecia que nada estava acontecendo. Sequer ameaçou uma reação. Um time apático e praticamente conformado com a mediocridade.
Óbvio que quando se é derrotado dessa forma, a caça às bruxas é natural para se encontrar um grande culpado. Mas este é o resultado de anos e anos de escolhas ruins de quem está à frente do clube. Pedrinho, que surgiu presidente do clube associativo em janeiro de 2024 e depois assumiu o comando da SAF, tentou de vender como um salvador, mas já está perdido no comando do clube.
Contratações ruins nas últimas janelas de transferências, más escolhas entre os treinadores e sucessivas mudanças, gastos altíssimos em jogadores que não correspondem, extracampo conturbado sem a venda da SAF e sem a reforma de São Januário. Os erros desta diretoria são muitos e isso acaba refletindo dentro de campo.
Sem técnico há dez dias, desde a demissão de Fábio Carille, o Vasco não conseguiu definir um sucessor e tem Felipe Maestro na função de treinador. O que tem se mostrado mais uma péssima escolha. O nível de atuação do time diante dos venezuelanos foi muito abaixo do esperado. Erros infantis, vacilos, um gol de cabeça de um jogador de 1,59m e pouquíssima agressividade à meta adversária.
Sem rumo dentro e fora de campo, resta a esse elenco juntar os cacos, trabalhar e tentar ao menos ter atuações dignas. Mas sem comandante esta missão fica muito difícil. A nau vascaína está à deriva.
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