Jornalista de A Gazeta há 10 anos, está à frente da editoria de Esportes desde 2016. Como colunista, traz os bastidores e as análises dos principais acontecimentos esportivos no Espírito Santo e no Brasil

Flamengo aposta no pragmatismo e na eficiência de Tite para recuperar o time

Em uma temporada decepcionante e que terminará sem nenhum título, Rubro-Negro deposita suas esperanças no treinador que se preocupa em vencer, e não em encantar, para resgatar o moral do elenco

Tite. Treino da seleção brasileira no estádio Grand Hamad em Doha no Catar
Tite vem de dois insucessos em Copas do Mundo à frente da Seleção Brasileira. Crédito: Vitor Jubini

Outubro de 2023, reta final de uma temporada em que pouco resta a ser feito… Uma boa varredura no mercado para escolher um técnico capaz de trazer o resultado mínimo imediato e preparar o elenco para a próxima temporada. Não há dúvidas que Tite é o nome para o momento. Pode não ser o técnico dos sonhos de parte da torcida, mas certamente pode entregar o que o Flamengo necessita hoje: arrumar a casa.

Tite chega com a missão de garantir o Flamengo diretamente na Fase de Grupos da Libertadores, já que o time hoje está na zona que leva à Pré-Libertadores, e fazer o Rubro-Negro novamente vencedor em 2024. A missão é essa! Falar em buscar o título do Brasileirão ainda este ano é conversa fiada.

Adenor Leonardo Bachi, o Tite, chega ao clube com contrato assinado até dezembro de 2024, acompanhado de sua comissão técnica, onde estão seus homens de confiança: Matheus Bachi, Cléber Xavier e César Sampaio. O treinador também conta com um vocabulário vasto de palavras bonitas e jargões futebolísticos, “treinabilidade” e afins que têm tudo para render coletivas monótonas, onde muito se fale e pouco se aproveita.

Dito isto também destaco que é impossível tratar Tite como qualquer um. Por mais que venha de dois insucessos com a Seleção Brasileira em Copas do Mundo, sendo eliminado duas vezes nas quartas de final, Bélgica-2018 e Croácia-2022, o novo técnico rubro-negro tem um currículo invejável. É um cara que entende do riscado.

Antes de seus 6 anos e meio de Seleção Brasileira, na última vez que esteve à frente de um clube, o Corinthians 2015, Tite foi campeão do Brasileirão com sua equipe, que foi dona do melhor ataque, da melhor defesa e foi derrotada apenas cinco vezes em 38 partidas. Voltando à Seleção, o treinador deixou o comando da Amarelinha com um aproveitamento de 80%. Em 81 jogos foram 60 vitórias, 15 empates e 6 derrotas.

Os números mostram que os elencos comandados por Tite são “ossos duros de roer”. São equipes muito eficientes e que se recusam a perder. São times que podem várias vezes abrir mão de jogar bonito, mas nunca perdem o tesão pela vitória. E essa é a aposta da diretoria do Flamengo para retomar o brilho de um elenco que tem muita qualidade, mas que vem jogando abaixo do que pode. 

Tite têm nome e credencial, mas terá que mostrar tato para lidar com esse machucado elenco do Flamengo, que vem de uma vivência terrível com Jorge Sampaoli. O treinador também vai precisar administrar egos, e impor seu estilo sem perder o grupo, o que sempre soube fazer. Tite e Flamengo têm tudo para dar certo.

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