Jornalista de A Gazeta há 10 anos, está à frente da editoria de Esportes desde 2016. Como colunista, traz os bastidores e as análises dos principais acontecimentos esportivos no Espírito Santo e no Brasil

Fim de ano terrível para a CBF! Em crise, sem comando e agora sem Ancelotti

Renovação de contrato do técnico italiano com o Real Madrid põe fim a qualquer esperança de contar com o treinador na Seleção Brasileira, que no fim das contas perdeu um ano de trabalho

Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid
Carlo Ancelotti renovou seu vínculo como técnico do Real Madrid até 2026. Crédito: Divulgação

Carlo Ancelotti não será técnico da Seleção Brasileira. Na manhã desta sexta-feira (29), o Real Madrid oficializou a renovação do vínculo com o técnico italiano multicampeão, que agora tem contrato com o clube merengue até 2026. Com isso não há mais qualquer possibilidade do treinador assinar com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para comandar a seleção canarinho na Copa do Mundo de 2026, como prometera a instituição máxima do futebol brasileiro.

O fim do sonho de contar com Ancelotti é a pá de cal no ano tenebroso da CBF. Instituição que atualmente está sob o comando de Jose Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que foi definido pela Justiça do Rio de Janeiro como interventor, já que Ednaldo Rodrigues foi destituído da presidência da CBF, uma vez que a eleição de 2022 foi anulada. Perdiz tem a missão de convocar novas eleições em breve.

Ou seja, o futebol brasileiro não tem comando. E isso não é de hoje, os últimos quatro presidentes da CBF foram afastados em envolvimentos com a justiça. Rogério Caboclo saiu por conta de acusação de assédio moral e sexual, Marco Polo del Nero foi banido do futebol, Jose Maria Marin foi preso e Ricardo Teixeira também foi banido do futebol.

O que muito aconteceu na história do futebol brasileiro é que os resultados em campo mascararam as crises políticas internas. Mas isso não acontece mais. Ednaldo Rodrigues, eleito em 2022, tinha a missão de reformular a Seleção Brasileira após mais um fracasso em Copa do Mundo. A demissão de Tite após a eliminação para a Croácia no Catar, e o desejo de contar com um grande treinador a nível mundial eram o trunfo do então presidente.

Mas em meio a uma negociação no mínimo suspeita, o dirigente chegou a dizer em agosto do ano passado que “Ancelotti já era realidade para a CBF”. Por outro lado, o técnico italiano nunca confirmou qualquer negociação. Como paliativo para aguardar a vinda do treinador, que só poderia assinar com a CBF em janeiro, Ednaldo primeiro apostou em Ramon Menezes, mas recuou após o treinador obter resultados ruins. Na sequência, em manobra arriscada, promoveu Fernando Diniz ao comando da Seleção, mas este também continuaria a ser técnico do Fluminense.

Resultado, Fernando Diniz não conseguiu fazer a Seleção jogar com excelência em seu famoso “Dinizismo” e acumulou resultados vexatórios. Hoje ninguém sabe quem é o técnico da Seleção, que viu um ano ser jogado no lixo. Não houve qualquer evolução. Muito pelo contrário, o cenário piorou bastante e um horizonte simplesmente não existe.

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