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“Já estive do outro lado, passei fome e precisava ajudar a minha comunidade”, diz voluntária

“Já estive do outro lado, passei fome e precisava ajudar a minha comunidade”, diz voluntária

A  auxiliar de serviços gerais Altelina Monteiro, conhecida como Preta, desenvolve o projeto social “Sopão Ungido”, em  Guaçuí. Conheça a história dela e venha contar sua história também!

Publicado em 13 de abril de 2020 às 21:04

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Preta durante a distribuição das refeições às crianças, com a ajuda de vários pastores e missionários
Preta (à frente) durante a distribuição das refeições às crianças. A ação é feita com a ajuda de vários pastores e missionários. (Arquivo pessoal)

A auxiliar de serviços gerais Altelina Monteiro, 42 anos, conhecida popularmente como Preta, teve uma infância difícil. De família humilde, passou fome e, na fase adulta, também teve dificuldades para criar os seis filhos. Mesmo diante dos obstáculos da vida e pouco dinheiro para manter o sustento da família, Preta ainda tinha o desejo no coração de fazer algo pelo próximo. E logo colocou esse sonho em prática. “Eu já estive do outro lado, passei fome na infância e com os meus filhos. E precisava fazer algo para ajudar a minha comunidade”

A partir de uma conversa com uma amiga, surgiu a ideia de oferecer refeições para algumas crianças carentes. “Eu trabalhava na limpeza e reposição do comércio dessa amiga, mas ela não tinha condições de pagar salário. Então recebia verduras como forma de pagamento. E como os pequenos apareciam na minha casa no horário de preparo das refeições da minha família, não podia alimentar os meus filhos e observar as outras crianças naquela situação: olhando e com fome. Era uma cena triste, pois muitas vezes tinham suas mães ausentes. Assim começou o nosso trabalho, fazendo um “sopão” para aproximadamente 13 crianças. Mas rapidamente a ação ganhou força e a ajuda de vários voluntários”.

Criado há oito anos, o projeto social “Sopão Ungido” oferece todos os sábados mais de 100 refeições gratuitamente para pessoas carentes de várias idades. “Hoje o cardápio é variado, como arroz, feijão, carne, estrogonofe, macarronada e bebidas, como suco e refrigerante. Quando sobram refeições, as pessoas podem levar para casa. Durante o ano, também realizamos confraternizações em datas comemorativas, como Dia das Crianças e Natal, com a distribuição de brindes e brinquedos. Vale frisar que, o projeto só existe, pois tem o apoio de vários voluntários, como a minha família, amigos, pastores, missionários e pequenos comerciantes da região. Sozinha jamais teria condições de fazer um evento nessa proporção”.

Preta na comemoração do Dia das Crianças no bairro Lagoa, em Guaçuí . (Arquivo pessoal)

Preta ressalta que hoje o projeto possui um significado diferente. “Além das refeições, levamos o alimento espiritual às famílias carentes, através da Palavra de Deus, que têm sede em ouvir uma mensagem de ânimo, fé e esperança. Para isso, são convidados pastores e missionários de várias denominações, pois, aqui, o espaço é para todos. Não pregamos placas de igrejas, mas, sim, o amor de Cristo, nosso Senhor e Salvador”, enfatiza.

A auxiliar de serviços gerais conclui que, mesmo com pouco, é possível ajudar ao próximo. “Você não precisa de muito para fazer bem ao próximo, comece pela força de vontade. Basta ter o desejo no coração e orar ao Senhor, porque Ele te dará sustentação e colocará as pessoas certas no seu caminho para te abençoar”, diz.

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Hoje, dentro do projeto social, também são distribuídas diariamente mais de 25 cestas de legumes, que são doadas pelos comerciantes da região e montadas com a ajuda de várias voluntárias.

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