A companhia aérea Azul anunciou, na manhã desta quarta-feira (28), o início de sua recuperação judicial nos Estados Unidos, o chamado Chapter 11 (como boa parte da dívida é em dólar, as aéreas brasileiras se valem de um mecanismo, o Chapter 11, da legislação norte-americana para suspender o pagamento das dívidas). A dívida da Azul, no primeiro trimestre ficou em R$ 31,35 bilhões, a ideia é obter alguns descontos e aportes de capital ao longo do processo que deve durar alguns meses. A Águia Branca, um dos maiores grupos privados do Espírito Santo, faz parte da sociedade da Azul e, claro, acompanha de perto o desenrolar das negociações.
Fundada pelo norte-americano David Neeleman, em 2008, a Azul é uma das três maiores companhias aéreas do Brasil, ao lado de Latam e Gol. O Grupo Águia Branca entrou na sociedade em 2013, quando a Trip Linhas Aéreas - que tinha a família Caprioli e a Águia Branca como sócios - foi incorporada pela Azul. Hoje, a participação da família Chieppe no negócio é pequena. Eles fazem parte do chamado bloco dos acionistas da Trip (Águia Branca e Caprioli), que possui 33% das ações ordinárias (com direito a voto no conselho de acionistas) e 0,67% das ações preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos e no recebimento de ativos em caso de falência da empresa). A participação econômica do bloco inteiro é de 1,66%.
Apesar de um cenário que é duro - a Azul prevê redução de 35% da sua frota de aeronaves -, os acionistas capixabas estão otimistas com o futuro da companhia. A Latam, que passou por processo semelhante no começo da década, saiu fortalecida do processo.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.
