Os exportadores do Espírito Santo, um dos estados mais abertos ao comércio internacional do Brasil, animaram-se com as inesperadas declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em pleno discurso na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). Após impor uma duríssima tarifa de 50% em cima de vários produtos exportados pelo Brasil para os EUA, inclusive café e rochas ornamentais, o mandatário norte-americano disse o seguinte sobre o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva:
"Eu estava entrando (no plenário da ONU), e o líder do Brasil estava saindo. Eu o vi, ele me viu, e nos abraçamos. Na verdade, concordamos que nos encontraríamos na semana que vem. Não tivemos muito tempo para conversar, tipo uns 20 segundos (...). Mas ele pareceu um homem muito legal. Ele gostou de mim, e eu gostei dele".
Trata-se da primeira sinalização concreta de alguma aproximação entre as duas lideranças desde que Trump anunciou o tarifaço, no começo de julho. É claro que isso animou o setor produtivo, principalmente as cadeias que não tinham sido excluídas da tarifa, que está vigorando desde 6 de agosto.
"Sem dúvida alguma é uma ótima notícia. Fomos até pegos de surpresa, afinal, nada apontava para isso. Vamos ver se o encontro entre os dois de fato acontecerá na semana que vem e, acontecendo, o que sairá daí. A nossa agenda de negociação está mantida em Washington, defendendo tarifas menores para o setor de rochas com base na técnica, mostrando porque isso é bom para a economia brasileira e também para a economia norte-americana", disse o vice-presidente do Centrorochas (entidade que representa os exportadores de rochas do Brasil), Fábio Cruz.
Um importante representante da cadeia do café também ficou satisfeito, mas prefere aguardar os próximos capítulos. "Achei bom. Algumas palavras foram ditas nos bastidores para abrir o diálogo e tudo aconteceu. Os discursos seguiram outra linha, mas as ações dos bastidores estão fortes".
A ver onde tudo isso dará...
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