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Depois de quase parar no ES, setor de rochas volta a fazer embarques para os EUA

O Espírito Santo concentra cerca de 80% da indústria brasileira de rochas ornamentais. Os Estados Unidos são os maiores compradores do planeta

Vitória
Publicado em 31/07/2025 às 18h20
Operação no Porto de Capuaba, em Vila Velha
Operação no Porto de Capuaba, em Vila Velha. Crédito: Fernando Madeira

A quarta (30) e a quinta-feira (31) foram dias para lá de agitados e animados dentro da indústria de rochas ornamentais. Na quarta, dia do alívio, o setor foi surpreendido pela exclusão do quartzito no tarifaço de 50% em cima de todas as exportações brasileiras (o produto responde por algo entre 40% e 50% das exportações para os Estados Unidos, que é o maior do planeta). O final da tarde e toda a noite foram dedicados para esclarecer o anúncio da Casa Branca e desmentir as muitas fake news que se espalharam pelo WhatsApp de empresários e executivos. A quinta, já com as coisas mais esclarecidas, foi dedicada aos negócios. Muitas cargas, que estavam aguardando as definições de Washington, foram autorizadas a embarcar pelos importadores dos Estados Unidos.

"Foi um alívio enorme. Estávamos muito apreensivos com a situação. A exclusão do quartzito abriu uma janela muito importante para a nossa indústria seguir trabalhando e exportando para o nosso principal mercado. Os embarques, que estavam suspensos, voltaram a ser autorizados pelos clientes norte-americanos. A cadeia, felizmente, voltou a girar", disse Tales Machado, presidente do Centrorochas, entidade que representa os exportadores brasileiros de rochas.

Trata-se de uma notícia importante para a economia capixaba, já que algo perto de 80% da indústria brasileira de rochas fica no Espírito Santo. Um negócio que movimenta cerca de R$ 15 bilhões por ano e emprega quase 30 mil pessoas no Estado.

"O espírito é outro nesta quinta-feira. Os embarques que estavam suspensos começaram a ser liberados e começamos a receber novas programações de venda vindas dos Estados Unidos. Os vendedores que estavam no Brasil diante da indefinição voltaram a viajar. O quartzito é um material muito relevante e o Brasil, com essa exclusão, acabou ficando mais competitivo que Itália e Índia, dois importantes competidores no mercado dos Estados Unidos. Nesta sexta, teremos uma reunião importante na embaixada brasileira, em Washington, vamos trabalhar pela exclusão também do granito, do mármore e da ardósia", adiantou Fabio Cruz, vice-presidente do Centrorochas.

Bruno Marques, diretor da Speed Despacho Aduaneiro, grande prestadora de serviço para o setor de rochas, afirmou que a reaceleração está sendo muito rápida. "Na noite de quarta nós já tínhamos pedidos lá dos Estados Unidos para a liberação de contêineres. A quinta-feira está muito movimentada, a relaceleração foi muito forte".

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