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Como previsto, Lula não traz definições sobre ferrovia, 101 e 262

O clima geral, principalmente do ministro dos Transportes, Renan Filho, segue sendo de otimismo, mas ainda há questões difíceis a serem solucionadas

Publicado em 15/12/2023 às 17h56
Presidente Lula durante inauguração do Contorno do Mestre Álvaro, com a presença de outras autoridades capixabas, como o governador Renato Casagrande
Presidente Lula, durante inauguração do Contorno do Mestre Álvaro, com o governador Renato Casagrande. Crédito: Fernando Madeira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decolou de Vitória por volta das 17h desta sexta-feira (15). Deixou para trás dúvidas sobre importantes intervenções na infraestrutura do Estado que dependem da ação direta do governo federal, BR 262 e ferrovia Santa Leopoldina - Anchieta principalmente. O clima geral segue sendo de otimismo, de que as coisas vão andar, mas ainda há questões difíceis a serem solucionadas.

"Conversei com o presidente Lula e com o ministro (dos Transportes) Renan Filho sobre as questões que precisamos destravar. Sobre a ferrovia, pedi celeridade na oficialização do uso dos recursos da outorga para a construção da ferrovia entre Santa Leopoldina e Anchieta. A Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) precisa tornar isso oficial junto à Vale, essa formalização ainda não aconteceu. Temos o compromisso, inclusive público, do ministro Renan de que a obra está garantida, mas precisamos tornar isso uma realidade dentro da burocracia. O ministro me disse que está repactuando, com a Vale, as renovações antecipadas de concessões de ferrovias, feitas lá em 2020, e que as obras do trecho capixaba estarão na repactuação. Pedi para que a negociação seja acelerada", explicou o governador Renato Casagrande.

A solução para a 262 também passa pela Vale, afinal, os recursos virão do acordo de reparação da tragédia de Mariana, que ainda não saiu. A Vale tem 50% das ações da Samarco. "Conversei com o presidente Lula sobre a reparação do desastre de Mariana, que está travada. Vai haver uma reunião, nos próximos dias, em Brasília, e o acordo será um dos temas. É preciso chegar a um denominador comum para que quem foi prejudicado, caso do Estado do Espírito Santo, seja ressarcido e as coisas aconteçam. A BR 262 será financiada pelo dinheiro desse acordo, precisamos desatar esse nó o quanto antes".

A situação da BR 101 é a mais bem encaminhada. A proposta de renegociação está em análise no Tribunal de Contas da União e a decisão do TCU deve sair, no mais tardar, em março. "A expectativa inicial era até o final do ano termos isso, mas demorou um pouco para chegar no TCU. A análise começou há pouco mais de 30 dias e o prazo do TCU é de 90. O importante é que está encaminhado e o desfecho deve ser positivo", finalizou o governador.

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