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Capixaba Mogai cresce 21 vezes, vai atrás de investidor e quer sede no EUA

Para dar conta dessa forte expansão, a empresa prepara uma nova rodada de captação de investimentos. A expectativa é de receber um aporte de R$ 10 milhões

Publicado em 16/11/2023 às 03h50
Suzano tem focado no aumento da base florestal para diversificar investimentos em território capixaba
Suzano tem focado no aumento da base florestal para diversificar investimentos em território capixaba. Crédito: Suzano/Divulgação

A Mogai, uma das mais tradicionais empresas de tecnologia do Espírito Santo, tem em sua carteira de clientes companhias do porte de Vale, Cargill, Petrobras, ArcelorMittal, CSN, Usiminas e Votorantim. Na semana passada, a Suzano entrou para a lista. Criadora de uma tecnologia que possibilita a medição de estoques de material granulado (minério e grãos, por exemplo) por meio de visão computacional - rápido, prático e confiável -, a empresa segue inovando e crescendo.

Desde 2018, quando recebeu um aporte de R$ 2,5 milhões do Primatec (fundo de investimento em participações que nasceu dentro da Finep), a Mogai cresce, na média, 85% ao ano. Há cinco anos, o faturamento estava em R$ 380 mil, em 2023, fechará em R$ 8 milhões. Para 2024, a meta é chegar aos R$ 13 milhões. "Começamos, lá em 1997, com soluções para logística. Nosso grande salto se deu com o desenvolvimento da tecnologia de medição de estoques, além de contratos, passamos a dominar uma tecnologia que é muito avançada e que tem uma série de outras aplicações. O objetivo, agora, é escalar e aprimorar a tecnologia", assinalou Franco Machado, fundador e CEO da Mogai.

"No caso da Suzano, por exemplo, vamos desenvolver um sistema que mede a densidade da árvore e como está a sua nutrição. Vamos conseguir medir a quantidade de carbono que cada árvore extraiu da atmosfera. Isso tem um impacto enorme em uma linha de produção de bilhões de dólares. Se formos vencedores, conseguiremos analisar, com muito mais facilidade, o desenvolvimento das plantas. Hoje, isso é feito a cada sete anos, que é o ciclo do eucalipto. Assim, conseguiremos melhorar a entrega dos nutrientes onde for necessário e, consequentemente, melhorar muito a produtividade da indústria como um todo", explicou Machado.

Para dar conta dessa forte expansão de maneira sustentada, a Mogai prepara uma nova rodada de captação de investimentos para 2024. A expectativa é de um aporte na casa dos R$ 10 milhões. "Queremos ampliar os nossos negócios e montar uma sede nos Estados Unidos ou Canadá", disse o CEO.

A coluna volta a ser publicada na terça-feira (21).

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