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Agro: consumo eficiente de água e produção de grãos surpreendem no ES

O Pedeag 4 (Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba) está praticamente pronto e deve ser lançado ainda em novembro

Publicado em 15/11/2023 às 03h50
Toda a produção pioneira do trigo capixaba foi vendida rapidamente
Toda a produção pioneira do trigo capixaba foi vendida rapidamente. Crédito: Arthur Sanders

O Pedeag 4 (Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba) está praticamente pronto e deve ser lançado ainda em novembro (provavelmente no dia 27, a depender da agenda do governador Renato Casagrande). As mais de 42 oficinas realizadas em todo o Espírito Santo trouxeram algumas boas novidades. O avanço da produção sustentável (principalmente no que diz respeito ao consumo de água) e as novas culturas (milho, soja e trigo principalmente) foram as gratas surpresas.

"A noção de sustentabilidade surpreendeu. Claro que já tínhamos uma ideia do avanço, mas as oficinas trouxeram algo maior. Os produtores estão muito mais sensíveis à questão da água, sabem que é um fator limitador do negócio, se não investirem em boas práticas, complica. O Espírito Santo possui uma das maiores proporções de propriedades irrigadas do país, 43,3%. Dentro deste universo, mais de 80% usam as técnicas de gotejamento e microaspersão, que são mais eficientes no uso de água e energia. Em 2006, isso estava em 22%, o avanço é muito considerável. Além disso, fizeram o dever de casa para reservar a água, seja via a construção de barragens, seja preservando áreas maiores de mata", explicou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

Outro ponto relevante é o avanço de culturas como soja, trigo e milho no Norte do Estado. "São produtores de um porte maior, profissionais, que estão investindo muito em estudos e tecnologia. São culturas novas aqui no Espírito Santo e que se mostraram mais relevantes do que imaginávamos. Importante ter isso no radar, os produtores maiores não dependem tanto de políticas públicas, mas isso tende a se espalhar, precisamos incorporar os novos grãos na nossa estratégia de desenvolvimento".

A melhora na qualidade e os volumes exportados de pimenta do reino (o Espírito Santo é o maior exportador do Brasil), gengibre (os agricultores familiares respondem por 92% das exportações) e a volta do cacau também merecerão destaque. "O cacau voltou em volume, deveremos chegar a 13,5 mil toneladas em 2023, qualidade e agregando valor. O Espírito Santo possui mais de 40 fábricas de chocolate. É a nossa agroindústria em plena expansão. Tudo isso estará mapeado e com uma estratégia, discutida com setores, traçada", destacou o secretário.

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