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Briquete: inauguração da nova usina da Vale em Tubarão vai atrasar um pouco

Unidades que vão fabricar novo tipo de aglomerado de minério criado pela mineradora vão funcionar nos espaços que eram ocupados por pelotizadoras mais antigas

Publicado em 11/05/2023 às 16h56
Pilha de briquetes verdes. Produto será produzido pela Vale em Tubarão
Pilha de briquetes verdes. Produto será produzido pela Vale, em Tubarão . Crédito: Divulgação / Vale

A Vale vai precisar atrasar por algumas semanas a inauguração da primeira usina de briquete verde, novo tipo de aglomerado de minério criado e patenteado pela mineradora, em Tubarão. Pela programação original, a nova planta começaria a rodar agora em junho, mas o cronograma precisou ser ligeiramente alterado e a inauguração agora está prevista para acontecer entre o final de julho e o início de agosto.  

Segundo Rodrigo Ruggiero, diretor de Pelotização de Tubarão, trata-se de um ajuste natural diante da obra que está sendo executada. "As unidades de briquete vão funcionar onde, nas últimas décadas, operaram as pelotizadoras 1 e 2. Os prédios precisaram ser completamente reformados e modernizados. Foi feita uma intervenção grande e bastante complexa, é natural que ocorram pequenas alterações no cronograma. Vamos começar a rodar a primeira usina, ainda em operação assistida, entre julho e agosto". O executivo disse que a inauguração da segunda usina está mantida para o final de 2023.  

De acordo com a Vale, as siderúrgicas que optarem pelo briquete vão reduzir as suas emissões de gases de efeito estufa em até 10%. O novo aglomerado de minério permite às siderúrgicas reduzir a dependência da sinterização - processo anterior à produção do aço no qual há a aglomeração do fino de minério de ferro (sinter feed). A sinterização, que se dá a 1,3 mil graus Celsius, demanda o uso intensivo de combustíveis fósseis. O briquete, por sua vez, é considerado um aglomerado a frio, no qual não ocorre queima, mas uma cura a uma temperatura entre 200º e 250º, demandando menos energia.

As duas plantas de briquete estão sendo construídas no lugar das usinas 1 e 2 de pelotização de Tubarão, erguidas ainda nos anos 1960. Um investimento de US$ 182 milhões (R$ 910 milhões na cotação desta quinta). Somadas, elas terão capacidade para produzir 6 milhões de toneladas do produto por ano. 

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