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Tragédia no Pico da Bandeira: há 50 anos caía avião de Vitória para MG

Tragédia no Pico da Bandeira: há 50 anos caía avião de Vitória para MG

De acordo com informações do Jornal A GAZETA da época, morreram no desastre todos os 11 ocupantes: 6 crianças e 5 adultos

Publicado em 7 de março de 2018 às 14:42

Pico da Bandeira Crédito: Arquivo/ Paulo Liuth/Leitor - Jornal Notícia Agora

De volta para Belo Horizonte depois de uma temporada de férias em Guarapari, há 50 anos, no dia 1° de março de 1968, todos os ocupantes do "Cessna PT-MGH" morreram na queda do avião, que se chocou contra o Pico da Bandeira, na divisa do Espírito Santo com Minas.  

De acordo com informações do Jornal A GAZETA da época, morreram no desastre todos os 11 ocupantes: o industrial Chaffir Ferreira e a esposa dele, Paulina Ariosto Ferreira, suas duas filhas, Maria Márcia e Maria Helena, e seus seis netos, entre 8 anos e 11 meses de idade, além do piloto Geraldo Berg. 

O ACIDENTE 

No dia 07 de março de 1968, A GAZETA noticiava: "A turma de paraquedistas do Serviço de Busca e Salvamento da FAB que saltou na encosta leste do Pico da Bandeira em busca do Cessna encontrou o pequeno avião partido em três pedaços, conservando em seu bôjo os cadáveres das três senhoras e das seis crianças que, aparentemente tiveram morte imediata, enquanto o corpo de piloto Geraldo Berg, estava localizado a 15 metros do aparelho sinistrado.

O táxi aéreo da "Tamig" havia desaparecido na última sexta-feira, ao realizar uma viagem de turismo entre Vitória e a capital mineira. Ao que se informa, segundo entendidos, o aparelho sofrera um desvio da rota em face dos últimos temporais que caíram sobre a Serra do Caparaó, espatifando-se num ponto de difícil acesso na encosta leste do Pico da Bandeira", afirma a reportagem.

RESGATE DIFÍCIL

As condições da Região do Caparaó tornavam ainda mais complicada as buscas. "Expedições terrestres de que participaram os familiares das vítimas estão tentando com muita dificuldade alcançar o local do desastre para alcançar os mortos, que serão levados à cidade mineira de Espera Feliz e, depois, para Belo Horizonte, onde residem seus familiares", dizia a publicação. 

SOLDADOS PERDIDOS

À época, a mesma reportagem informava: "Notícias procedentes da região, carentes ainda de confirmação, davam conta ontem de que uma caravana de soldados do 10° Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais, sediado em Manhuaçu, que havia iniciado a escalada do Pico da Bandeira em missão de socorro às vítimas do desastre, tendo perdido 15 soldados na mata. A caravana policial levava como guias alguns caçadores que conhecem os segredos das matas do Caparaó e os soldados são tidos como profundos conhecedores da região."

ÚNICO NETO SOBREVIVENTE

O Jornal Correio da Manhã também noticiou o caso no dia 06 de março daquele ano, contando a espera do menino de 3 anos que esperava a família. "André, um menino de três anos, único neto do senhor Chaffir Ferreira que não estava no avião, porque veio de Guarapari de carro, está em Belo Horizonte perguntando sempre pelos primos que não voltarão e pelos seus dois irmãos que encontraram a morte no Pico da Bandeira", anunciava.

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