Publicado em 14 de janeiro de 2016 às 14:55
Sempre lotada, a Rua Anízio Fernandes Coelho, em Jardim da Penha, é mais conhecida pelo seu apelido: Rua da Lama. A prática de se reunir a qualquer dia da semana em um dos tradicionais bares não é nova. O sucesso da Rua da Lama acontece desde os anos 80, quando o local ainda não era asfaltado e, quando chovia, ostentava a lama que deu origem ao apelido.>
No início, com estabelecimentos como o "Socó Lanches", "Mudando de Conversa" e o "Argentino", a rua era frequentada, em sua maioria, por alunos e professores da Ufes, dada a proximidade com a universidade e o grande número de estudantes que moravam em um bairro ainda bucólico, sem muitos prédios e com diversos espaços livres.>
Em um vídeo de despedida do saudoso "Socó Lanches", recuperado pela documentarista Úrsula Dart para a produção "Uma Volta na Lama", foi o próprio Socó, sentado próximo a um Gol quadrado e um Escort, ambos ainda com placas amarelas da época, quem descreveu os tipos que frequentavam o local.>
"Aqui estávamos todos reunidos debaixo de pés de eucalipto (...), tinha a turma do projeto Rondon, a turma do ócio, da Ufes aí, era bom. Aquela época era boa. Depois vieram os punks, os metaleiros, os peões, os moradores de Campo Grande que chegavam de caminhão. Polícia Civil, baixaria, festas e mais festas", lia a despedida, sem camisa, para uma câmera.>
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Havia o Argentino, iniciado em 1981, que servia empanadas e reunia os principais matadores de aula da Ufes. Dos mais antigos, sobrou apenas o Cochicho, que chegou na rua em 1987 e mantém a sua famosa coxinha, apreciada até por artistas internacionais, como a cantora estadunidense Cat Power.>
O antes e depois da Rua da Lama>
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