Publicado em 10 de fevereiro de 2020 às 17:52
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), elogiou a ação de forças policiais de seu estado e da Bahia que localizou e matou, no domingo (9), o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega. O ex-policial era apontado como o chefe do Escritório do Crime, grupo paramilitar que comanda a comunidade Rio das Pedras.>
A ação ocorreu em colaboração entre a Polícia Civil do Rio e a Polícia Militar da Bahia. Adriano foi localizado em uma propriedade rural na cidade de Esplanada, no interior do estado.>
Ele estava foragido desde janeiro de 2019, quando escapou das forças policiais durante a deflagração da Operação Intocáveis. A ação prendeu diversas lideranças do Escritório do Crime.>
Witzel afirmou que a equipe "chegou ao local do crime para prender", mas disse que Adriano atirou contra os policiais.>
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"Não podemos deixar de agradecer à Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ontem tivemos duas importantes operações em parceria com outra polícia, a polícia da Bahia, e obteve o resultado que se esperava. Chegamos ao local do crime para prender, mas, infelizmente, o bandido que ali estava não quis se entregar. Trocou tiros com a polícia e infelizmente faleceu", afirmou.>
Em referência a um famoso meme criado pela torcida do Flamengo no ano passado, Witzel ainda disse que a Polícia Civil do Rio "mostrou que está num outro patamar". As declarações foram dadas nesta segunda (10) durante uma agenda pública do governador em Queimados, na Baixada Fluminense.>
De acordo com o governador, a ação reafirma que sua decisão de extinguir a Secretaria de Segurança foi acertada. "Não precisa de Secretaria de Segurança Pública para dizer o que a Polícia Civil precisa fazer", comemorou.>
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia afirmou que Adriano reagiu à ordem de prisão e atirou contra os policiais que o abordaram em uma casa no interior da propriedade.>
"No momento do cumprimento do mandado de prisão ele resistiu com disparos de arma de fogo e terminou ferido. Ele chegou a ser socorrido para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos", diz a nota.>
O advogado de Adriano Magalhães da Nóbrega, Paulo Emílio Catta Preta, contou que o miliciano havia lhe dito que tinha medo de ser alvo de uma "queima de arquivo" ?morte de uma testemunha ou envolvido em organização criminosa que possui informações comprometedoras.>
"Até tentei dizer que nessas circunstâncias eu preferia que ele se entregasse, para facilitar os habeas corpus que temos contra a prisão preventiva, enfim...Mas ele disse: 'Doutor Paulo, eu não passo vivo. Se eu entrar na prisão eu estou morto em um período muito curto e tenho absoluta certeza de que essa operação não é para me prender, é para me matar.' Palavras dele", lembrou o advogado.>
Na semana passada, as polícias do Rio e da Bahia já tinham feito uma operação conjunta para tentar prender Capitão Adriano.>
As forças policiais foram até um condomínio de luxo na Costa do Sauipe, no litoral baiano, onde ele estava escondido com a mulher e as filhas. O criminoso conseguiu fugir, mas deixou para trás uma identidade falsa que utilizava.>
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