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Voluntário que teve reação adversa à vacina é mulher fora do grupo placebo

Voluntário que teve reação adversa à vacina é mulher fora do grupo placebo

De acordo com farmacêutica, a voluntária que não era do grupo placebo manifestou um problema neurológico conhecido como mielite transversa, mas já teve alta

Publicado em 10 de setembro de 2020 às 17:08

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Acordo do governo brasileiro com a AstraZeneca garante acesso a 100 milhões de doses do insumo da vacina
Acordo do governo brasileiro com a AstraZeneca garante acesso a 100 milhões de doses do insumo da vacina. (Miguel Noronha/Futura Press/Folhapress)

O participante dos testes clínicos da vacina contra a Covid-19 da Universidade de Oxford e AstraZeneca que desenvolveu uma reação adversa grave é uma mulher que estava no grupo de voluntários que, de fato, recebeu o imunizante em testes, e não o placebo. As informações foram dadas pelo CEO da farmacêutica, Pascal Soriot, durante uma conferência privada com investidores, segundo revelou o site Stat News, portal americano especializado em notícias de ciência e saúde.

O executivo também teria confirmado que a voluntária manifestou um problema neurológico conhecido como mielite transversa, mas disse que ela já teve alta e passa bem. A intercorrência motivou a suspensão dos testes clínicos da vacina para que um comitê independente avalie se a doença foi causada pelo produto experimental.

Ao Estadão, a assessoria de imprensa da AstraZeneca no Brasil confirmou que a voluntária faz parte do grupo que tomou a vacina em teste, mas disse não poder revelar mais detalhes sobre o perfil do participante pela confidencialidade exigida nos estudos.

Ainda de acordo com o Stat News, Soriot afirmou que é a segunda vez que os testes são interrompidos pela manifestação de sintomas neurológicos em participantes. Na primeira pausa, os pesquisadores concluíram que o voluntário manifestou esclerose múltipla sem reação com a imunização.

A vacina de Oxford está sendo testada no Brasil em cerca de 5 mil pessoas. Participam ainda dos estudos os Estados Unidos e a África do Sul, além do Reino Unido, primeiro país a testar o produto. O estudo brasileiro, iniciado em junho, está sendo coordenado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A instituição informou que não foram registrados eventos adversos em participantes brasileiros.

Já há acordo firmado entre o Ministério da Saúde e a AstraZeneca para que o imunizante seja produzido no País após uma eventual aprovação. A fabricação seria possível graças a uma parceria para transferência de tecnologia para a Fiocruz.

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