Publicado em 10 de dezembro de 2019 às 19:19
Preso desde novembro de 2018, o ex-governador do Rio de Janeiro pelo MDB Luiz Fernando Pezão será liberado nas próximas horas graças a uma liminar concedida pela Sexta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça).>
O ministro Rogerio Schietti Cruz, relator do recurso na corte, considerou que a prisão preventiva não poderia ser utilizada como punição antecipada ao emedebista, embora entenda que a ordem de detenção tenha demonstrado a sofisticação da organização criminosa.>
Pela decisão, Pezão terá que usar tornozeleira e não poderá sair de casa no período das 20h às 6h.>
Além desses compromissos, ele terá que comparecer em juízo quando solicitado e estará proibido "de se aproximar e de manter contato pessoal, telefônico ou por meio eletrônico ou virtual com os outros réus ou pessoas acusadas de pertencer à mesma organização criminosa".>
>
Pezão também estará proibido de ocupar cargos ou funções públicas no estado ou no município do Rio de Janeiro enquanto durar o processo.>
Ele só poderá deixar o Rio com autorização judicial e deverá informar a Justiça sobre qualquer operação bancária superior a R$ 10 mil.>
Pezão havia sido alvo de mandado de prisão preventiva em 29 de novembro de 2018 expedido pelo ministro do STJ Félix Fischer, hoje licenciado por motivos de saúde. O ex-governador é suspeito de ter participado do esquema de corrupção de seu antecessor, Sérgio Cabral.>
Ele tinha sido delatado por um operador financeiro de Cabral, Carlos Miranda, que afirmou que Pezão era beneficiário de mesada. À época, a Procuradoria-Geral da República falou em indícios de pagamentos que totalizariam R$ 25 milhões, de 2007 a 2015.>
Pezão foi o primeiro governador do Rio detido durante o exercício do mandato. Antes dele, foram presos Cabral, Rosinha Garotinho e Anthony Garotinho. Assumiu o cargo à época o então vice Francisco Dornelles, do PP, que permaneceu interinamente no posto por pouco mais de um mês.>
O advogado de Pezão, José Eduardo Cardozo, disse que a decisão da corte foi prudente e adequada à lei, "uma vez que inexistiam razões para se manter a prisão preventiva". "Ao final, ficará provado que o ex-governador é inocente, por não ser autor ou mesmo beneficiário de quaisquer atos ilícitos ocorridos no Rio.">
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta