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Sob Onyx, Esporte terá terceiro secretário no governo Bolsonaro

Sob Onyx, Esporte terá terceiro secretário no governo Bolsonaro

A informação da troca, inicialmente publicada pela coluna Radar, da revista Veja, foi confirmada pela reportagem, mas ainda não teve sua publicação no Diário Oficial

Publicado em 27 de fevereiro de 2020 às 19:26

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Com a mudança, a pasta vai para seu terceiro secretário no governo de Jair Bolsonaro. (Marcos Correa/PR)

A chegada de Onyx Lorenzoni (DEM-RS) ao Ministério da Cidadania teve impacto direto na Secretaria Especial de Esporte, subordinada à pasta.

Onyx, anunciado no dia 13 de fevereiro no ministério, decidiu trocar o chefe da secretaria, o general Décio Brasil, por Marcello Magalhães, conhecido como Marcello Negão, e que tem laços estreitos com a família Bolsonaro, sobretudo com o senador Flávio (sem partido), de quem foi padrinho de casamento.

A informação da troca, inicialmente publicada pela coluna Radar, da revista Veja, foi confirmada pela reportagem, mas ainda não teve sua publicação no Diário Oficial.

Com a mudança, a pasta vai para seu terceiro secretário no governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Ele iniciou o mandato com outro general, Marco Aurélio Vieira.

Sem conseguir promover mudanças na pasta e sem se entender com o então ministro da Cidadania, Osmar Terra, Marco Aurélio acabou substituído por Décio Brasil, em abril de 2019.

No período em que esteve à frente da secretaria, ele teve que lidar com o fim da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), que criou um vácuo na administração de complexos esportivos.

Criada em 2017 para "viabilizar a adequação, a manutenção e a utilização das instalações esportivas olímpicas e paraolímpicas" construídas para a Rio-2016, a autarquia foi extinta no fim de julho, como previa o texto de sua lei.

Dentre suas competências estava gerir parte do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, em parceria com a Prefeitura do Rio e entidades privadas, e do Parque Olímpico de Deodoro, este em conjunto com as Forças Armadas.

Entre algumas das intenções não concretizadas pela AGLO estava viabilizar a privatização das estruturas da Barra que estavam sob o guarda-chuva do governo federal: Arena Carioca 1, Arena Carioca 2, Complexo Olímpico de Tênis e Velódromo Olímpico.

Após a extinção, suas atribuições foram incorporadas pelo ministério, porém em uma nova entidade. A criação da EGLO (Escritório de Governança do Legado Olímpico) só foi publicada no Diário Oficial em dezembro de 2019. Marcello Negrão, inclusive, era cotado para assumir o órgão.

A sua chegada ao cargo de secretário pode acirrar a disputa entre militares e não militares dentro da Secretaria do Esporte, queda de braço que foi um dos motivos que derrubaram Marco Aurélio de seu cargo.

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