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Sem Hartung, Casagrande pode vencer no primeiro turno

Sem Hartung, Casagrande pode vencer no primeiro turno

É a primeira pesquisa Futura após o governador anunciar que não vai disputar a reeleição

Publicado em 17 de julho de 2018 às 02:53

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Sem o governador Paulo Hartung (MDB) no páreo, o ex-governador Renato Casagrande (PSB) lidera a disputa pelo Palácio Anchieta em todos os cenários testados pelo Instituto Futura. Se as eleições fossem hoje, o socialista seria eleito no primeiro turno.

Após o emedebista anunciar, no último dia 9, que não vai tentar a reeleição, alguns nomes passaram a ser debatidos por um grupo de partidos governistas, em busca de um substituto.

Quando o nome palaciano apresentado aos entrevistados é o do vice-governador César Colnago (PSDB), Casagrande aparece com 58,4% das intenções de voto. O tucano fica com 4%, em quarto lugar, imediatamente atrás do tenente-coronel da Polícia Militar Carlos Alberto Foresti (PSL), que tem 4,3%. Na segunda posição está a senadora Rose de Freitas (Podemos), com 12,8% das menções nesse cenário.

Colnago se colocou como opção ao bloco palaciano, formado por dez partidos, caso o deputado estadual Amaro Neto (PRB) e o senador Ricardo Ferraço (PSDB), os primeiros a serem apoiados pelo grupo para a disputa pelo governo do Estado, não topassem a empreitada.

Amaro e Ferraço, realmente, decidiram manter suas pré-candidaturas ao Senado e não entrar na corrida pelo governo. Mas Colnago sofre resistências e foi praticamente descartado por alguns dos partidos da base ontem. Já o deputado estadual anunciou seu posicionamento no último sábado e Ferraço afirmou, ao Gazeta Online, que "não é uma pessoa dada à improvisação", ao ser questionado sobre o pouco tempo que teria para construir uma candidatura ao governo. Ele rechaçou essa possibilidade.

A Futura simulou cenários, no entanto, com os nomes dos dois. Ferraço tem 13,8% das intenções estimuladas de voto, atrás de Casagrande que, mais uma vez, fica em primeiro, com 52,6%. Rose, nesse caso, fica com 9,5%. Na hipótese testada com Amaro Neto, o deputado estadual aparece com 9,4% das intenções de voto. Já Casagrande alcança 56,5% e Rose, 11,9%.

Os percentuais mostram que, ao contrário do que projetavam alguns integrantes do bloco de partidos governistas, Amaro não largaria melhor do que Ferraço. Isso, ressalte-se, se as eleições fossem hoje.

A possibilidade restante no bloco que, até agora, orbita o Palácio, é lançar o empresário e professor da Fucape Aridelmo Teixeira (PTB) ao governo. O nome dele passou a ser debatido, entretanto, após a pesquisa do Instituto Futura ter sido registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES). Por isso, Aridelmo não foi incluído na sondagem.

Há ainda um cenário com Hartung disputando o Palácio Anchieta, para medir como o emedebista se sairia, caso entrasse na corrida. Na pesquisa estimulada – em que os nomes dos possíveis candidatos são informados aos entrevistados – Casagrande surge com 42% e Hartung, com 32,9%. Rose, por sua vez, tem 6,9%.

Na pesquisa Futura realizada em abril, o nome do Coronel Foresti não havia sido incluído, mas comparando os dois levantamentos, no anterior Hartung e Casagrande estavam tecnicamente empatados (36,9% para Hartung e 36,1% para Casagrande).

REJEIÇÃO

Quando a pergunta, na sondagem mais recente, é "em quem você não votaria em nenhuma hipótese para governador?", Hartung é apontado por 24,6% dos entrevistados, sendo o mais rejeitado. Na outra ponta está Casagrande, com a menor rejeição, mencionado por 7,4%. Nesse quesito as pessoas poderiam citar mais de uma opção de resposta. A segunda mais rejeitada é Rose de Freitas, com 20,6%, e o segundo menos rejeitado é o advogado André Moreira (PSOL), pré-candidato estreante na corrida pelo governo do Estado, com 12,3%.

ESPONTÂNEA

Na pesquisa espontânea, em que os nomes dos possíveis candidatos não são apresentados aos entrevistados, Casagrande tem 20,4% das intenções de voto (ante 15,4% da pesquisa anterior) e Hartung, 18,5% (em abril tinha 16,4%). Ricardo Ferraço aparece com 1,3% (antes não houve menções) e Rose de Freitas, com 0,6% (em abril tinha 1,4%).

Já Amaro Neto, também não lembrado em abril, marcou 0,5% na espontânea agora; Foresti, 0,4%. Colnago, que foi citado por 0,1% em abril, agora não foi mencionado. Brancos e nulos somam 9,3%. Os indecisos são 46,6%.

ANÁLISE

José Luiz Orrico - Diretor da Futura

A retirada de Paulo Hartung abriu um campo imenso para o crescimento de Renato Casagrande. As pesquisas anteriores, que nós fizemos, sempre demonstraram que o Estado tinha uma possibilidade de ter uma disputa acirrada entre ambos. Na medida em que você tira um dos dois é natural que o outro tenha um crescimento maior do que todos os outros possíveis candidatos. A pesquisa indica que vamos ter uma eleição do ex-governador no primeiro turno. Uma observação é que houve uma diminuição da adesão à candidatura do Hartung no decorrer dos dias da pesquisa porque as pessoas ficaram sabendo que ele não será candidato.

METODOLOGIA

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O Instituto Futura entrevistou, face a face, 800 pessoas – moradores e eleitores do Espírito Santo – entre os dias 10 e 13 de julho. A margem de erro da pesquisa é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. A confiabilidade é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES) sob o número ES-09041/2018.

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