Publicado em 5 de agosto de 2020 às 15:43
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, recuou da proposta de substituir a atual meta de redução de desmatamento e queimada ilegais até 2023, prevista no PPA (Plano Plurianual). >
Em nota, o Ministério da Economia informou nesta quarta-feira (5) que o Meio Ambiente enviou uma nova formulação do objetivo, mantendo o percentual de 90% de diminuição da destruição de vegetações nativas.>
Na proposta anterior, Meio Ambiente havia sugerido trocar a meta pela preservação de 390 mil hectares de vegetação nativa da floresta amazônica até o final da atual gestão.>
Só no ano passado, apenas na Amazônia, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registrou alertas de desmatamento em uma área de 9,1 mil quilômetros quadrados o equivalente a 900 mil hectares.>
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Segundo o Ministério da Economia, apesar de manter o percentual de 90%, a alteração do texto faz com que a responsabilidade pelo atingimento da meta seja compartilhado com outras pastas, como Agricultura, Justiça, Defesa e Infraestrutura.>
A meta de 90% foi incluída no PPA por meio de emenda parlamentar de integrantes da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados.>
Em entrevista à imprensa, Salles disse na terça-feira (4) que a mudança foi discutida na semana passada com a Economia e que ficou acordada a adaptação do objetivo do PPA.>
"A meta nossa é de 100% da redução do desmatamento ilegal. Em qual prazo? No prazo contido no compromisso brasileiro que é de 2030. Então, o que precisamos fazer? Estabelecer estratégias ano a ano para atingir o compromisso", disse.>
Em entrevista à Folha, em junho, Salles já havia reconhecido que não haveria neste ano queda no desmatamento da floresta amazônica na comparação com 2019. Ele ponderou, no entanto, ser possível uma diminuição em 2021.>
Em julho, a Amazônia apresentou crescimento de 28% no número de focos de calor em relação ao mesmo período de 2019. O crescimento ocorre mesmo com a presença das Forças Armadas na região.>
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