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PT planeja reforçar a segurança de Lula na campanha eleitoral

PT planeja reforçar a segurança de Lula na campanha eleitoral

O tema é debatido discretamente, por suas implicações óbvias, embora a motivação seja relativamente evidente: a radicalização do ambiente político

Publicado em 26 de julho de 2021 às 14:52

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 10/03/2021  - O Ex-presidente poderá se tornar elegível para as próximas eleições após decisão de juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) de anular suas condenações pela Lava Jato.
Em um país com histórico de violência política, ele tem como ex-presidente escolta de quatro agentes da Polícia Federal e dois motoristas com carros oficiais. (ETTORE CHIEREGUINI/AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO)

O PT está discutindo um reforço na segurança de Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha eleitoral que o ex-presidente quer disputar para tentar voltar ao Palácio do Planalto em 2022. A motivação é evidente: a radicalização do ambiente político e a natureza de alguns apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

Não é segredo que uma parcela expressiva da base bolsonarista é entusiasta de armas como o presidente e, em alguns casos, preconiza o uso da violência. Além disso, as relações do grupo político com milicianos e setores mais radicais de polícias estaduais é notória.

Não é uma preocupação só à esquerda, claro. O próprio Bolsonaro foi ferido a faca em 2018 por um ex-integrante do PSOL que foi diagnosticado como doente mental. O atentado é visto como um marco para as campanhas eleitorais, que no Brasil sempre tiveram no corpo a corpo um fator essencial para a construção da imagem dos candidatos.

Segundo petistas, a ideia era fazer o reforço já na pré-campanha, mas Lula vetou. Em um país com histórico de violência política, ele tem como ex-presidente escolta de quatro agentes da Polícia Federal e dois motoristas com carros oficiais.

Usualmente, a segurança dos eventos a que Lula comparece fica a cargo da organização local, seja um sindicato ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores) ou a grupos como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Na viagem que fará ao Nordeste em agosto, a segurança inicialmente estará a cargo desses apoiadores.

O mesmo acontecia em campanhas, embora o atentado contra Bolsonaro tenha mudado o jogo --o número de agentes da PF por candidato que os requisitasse chegou a cerca de 25 em dias de atividades de rua mais intensas. 

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