Publicado em 29 de julho de 2022 às 11:42
O Ministério da Saúde confirmou, nesta sexta-feira (29), a primeira morte causada pela varíola dos macacos no Brasil. De acordo com a Folha de S.Paulo, o óbito foi registrado na quinta-feira (28), na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais. A vítima era um homem de 41 anos, imunossuprimido e com comorbidades.>
Antes desse anúncio, a pasta havia informado a instauração de um Centro de Operação em Emergências para acompanhar a situação epidemiológica e elaborar um plano de vacinação contra a doença. A previsão é que o país receba 50 mil doses por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).>
Arnaldo Medeiros
Secretário de Vigilância em Saúde do BrasilPor enquanto, o Brasil não possui vacinas contra a varíola dos macacos. Segundo apuração da Folha de S.Paulo, o Governo Federal espera conseguir imunizantes para vacinar os grupos de maior risco, como profissionais da saúde, que têm contato direto com o vírus causador da monkeypox.>
Até essa quinta-feira (28), o país registrava 1.066 casos confirmados da varíola dos macacos, conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais são os que têm mais diagnósticos positivos. Juntos, eles somavam mais de 900 infecções.>
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Na última quarta-feira (27), o Espírito Santo passou a investigar dois novos casos suspeitos de varíola dos macacos. Ambos em homens adultos, com idades entre 30 e 49 anos. Eles apresentaram sintomas como febre e erupções cutâneas. Atualmente, eles estão isolados e sob monitoramento.>
Assim, nesta sexta-feira (29), o Estado possui quatro casos em investigação. Além de sete descartados e dois confirmados. As duas confirmações se deram no dia 14 de julho deste ano, também em homens adultos, moradores da Grande Vitória, que já se recuperaram da doença.>
Apesar de ter tomado os noticiários recentemente, a varíola dos macacos foi descoberta na década de 1950, após dois surtos em colônias desses animais, que eram mantidos para pesquisas. Já o primeiro caso humano foi registrado na década de 1970, no Congo, país africano.>
De acordo com informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas costumam durar entre duas e três semanas, consistindo em: febre, dor de cabeça, dores musculares e erupções cutâneas, geralmente no rosto, na palma das mãos e na sola dos pés.>
De maneira geral, são duas as variantes principais da doença. A mais grave delas, conhecida como "cepa do Congo", pode chegar a 10% de mortalidade. Já a outra, denominada popularmente de "cepa da África Ocidental", tem uma taxa de letalidade bem menor, próxima de 1%.>
O vírus causador pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, além de objetos compartilhados. Por isso, a Anvisa sugeriu que os brasileiros usem máscaras, reforcem a higienização e façam o distanciamento social para evitar a transmissão.>
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