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PF faz megaoperação contra PCC em 19 Estados do país com 1.100 policiais

PF faz megaoperação contra PCC em 19 Estados do país com 1.100 policiais

De acordo com a PF, todos os mandados foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte, que também determinou o bloqueio de até R$ 252 milhões dos envolvidos

Publicado em 31 de agosto de 2020 às 12:59

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Policia Federal
Polícia Federal deflagra megaoperação de combate ao crime. (Celso Barbosa/Código 19/Folhapress)

Polícia Federal deflagra na manhã desta segunda-feira (31) uma megaoperação de combate ao crime organizado em 19 Estados da federação e no Distrito Federal. Batizada de "Caixa Forte 2", a operação envolve cerca de 1.100 policiais federais, que cumprem 623 ordens judiciais, sendo 422 mandados de prisão preventiva e 201 mandados de busca e apreensão.

De acordo com a PF, todos os mandados foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte, que também determinou o bloqueio de até R$ 252 milhões dos envolvidos, dinheiro supostamente proveniente do tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro de pessoas ligadas à cúpula da facção criminosa PCC, nascida nos presídios paulistas nos anos 1990 e que hoje tem ramificações em todos os Estados brasileiros e em países vizinhos.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, a operação em andamento nesta manhã é desdobramento da operação "Caixa Forte - Fase 01", que identificou os responsáveis pelo chamado "Setor do Progresso" da facção.

Este setor, segundo a investigação, dedica-se à lavagem de dinheiro proveniente do tráfico. Os valores arrecadados eram repassados para inúmeras outras contas bancárias da facção, entre elas do "Setor da Ajuda", responsável para ajudar membros da facção recolhidos em presídios.

A investigação identificou 210 integrantes do alto escalão do PCC, recolhidos em presídios federais, que recebiam valores mensais em razão do cargo de relevo na facção.

O dinheiro também era repassado para integrantes que cumpriam ordens da liderança, como o assassinato de servidores públicos.

De acordo com nota divulgada pela PF, os depósitos dos valores eram feitos na conta de terceiros indicados pelos chefões do crime, pessoas sem ligação com o grupo.

Era uma forma de tentar dificultar a investigação policial. "Os presos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas cominadas podem chegar a 28 anos de prisão", diz nota.

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